A Ducati Corse apresentou hoje (20) a sua equipe para competir na temporada 2017 da MotoGP. A grande estrela, é claro, foi a chegada do pentacampeão mundial Jorge Lorenzo, vestindo as cores vermelhas do time pela primeira vez de forma oficial.
O evento, que aconteceu na sede da Ducati, em Borgo Panigale, na Itália contou com a presença do CEO da marca, Claudio Domenicali, assim como o chefe da equipe, Gigi Dall’igna, grande responsável pela contratação de Lorenzo. Também estiveram presentes Paolo Ciabatti, gerente da divisão de corridas e Davide Tardozzi, coordenador geral.
“Pela primeira vez, nós conseguimos ter a nova moto pronta em Valência”, revelou Dall’igna sobre os testes de novembro. “Nós queríamos ter certeza de que não teríamos problemas”, explicou. “Para vencer, nós temos de eliminar cada uma das desculpas para perder e contratar Lorenzo era parte disso” continuou o italiano.
A expectativa era alta, mas na chegada de Lorenzo e de seu colega Andrea Dovizioso, veio a frustração. A Ducati não trouxe a esperada Desmosedici GP17, mostrando aos presentes apenas a sua pintura. O modelo, no entanto era o antigo GP16, apenas sem as asas que lhes eram características e foram proibidas para essa temporada.
E mesmo a pintura mudou muito pouco em relação a 2016. O vermelho continua predominante, é claro, mas com uma boa dose de branco nas carenagens. Chegaram novos patrocinadores, como a Givi, fabricante italiana de malas e alforges e Flex Box, uma marca de containers.
“Bem, preciso dizer que estava um pouco nervoso com a chegada aqui, porque é um dia muito especial para mim”, confessou Lorenzo. “Foi um certo choque pilotar a Ducati em Valência, a força que a moto tem é sem precedentes” contou o espanhol. “Parece ser uma máquina nervosa, mas é fácil manter o controle, foi uma incrível surpresa”, revelou.
“Sobre a nova moto, testes foram feitos em Valência e já haverão algumas atualizações disponíveis em Sepang”, falou Dovizioso, piloto da Ducati desde 2013. “É lá que vamos ter uma noção real de quão competitivos nós somos”, acredita o italiano, um dos principais responsáveis pela melhora no desempenho do modelo nos últimos anos.
Dall’igna continuou, explicando que a GP17 terá profundos avanços aerodinâmicos que ainda estão sendo testados por Casey Stoner e Michele Pirro, os pilotos de teste da equipe. O australiano, por sinal também se fez ausente na cerimônia. Os dois, no entanto, vão continuar desenvolvendo a nova moto em uma bateria de testes privados, em Sepang, entre os dias 25 e 27 de janeiro.
Para completar, o chefe da equipe revelou que a GP17 só será vista nos testes de Losail, em março: “No Catar, tenho certeza que teremos a oportunidade de realmente revelar fisicamente a nova moto do campeonato de 2017”, acredita Dall’igna.