Lucas Carioli
A Suzuki apresentou na Índia uma V-Strom 250 completamente revista para 2022. A pequena adventure ganhou diversos aprimoramentos para continuar competitiva em um segmento que só cresce nos últimos anos.
A carroceria da nova V-Strom 250 é, sem surpresa, inspirada nas suas irmãs maiores, de 650cc e 1000cc, que foram atualizadas nos últimos anos. O principal ponto em comum entre as três é o distinto design do bico dianteiro e o abandono do farol redondo para a chegada de um estilo mais moderno.
O motor é o mesmo que empurra a esportiva GSX-250R, um monocilíndrico de quatro tempos, com refrigeração líquida e injeção eletrônica, que desenvolve 26 cavalos de potência e 22,2 Nm de torque, já de acordo com as leis do Euro5 e BS6 (Índia). O câmbio tem 6 marchas. O peso total foi reduzido de 188 kg para 167 kg.
Em termos de suspensão, a V-Strom 250 monta garfos telescópicos convencionais com 120 mm de curso. Atrás, o amortecedor traseiro montado no braço oscilante possui uma pré-carga ajustável em sete níveis. As rodas de 19 e 17 polegadas possuem discos de freio em ambos os eixos, com ABS básico de série.
No que concerne ao condutor, as principais mudanças podem ser vistas no assento, que deixou de ser inteiriço e passa a ser dividido em dois. O painel é uma tela retangular digital de LCD bem completo, capaz de se conectar com o smartphone para recursos de navegação. Há ainda uma entrada USB. Farol e lanterna traseira já são de LED.
Na Índia, a nova Suzuki V-Strom 250 será oferecida em três cores, preto, amarelo ou laranja a um preço equivalente a cerca de 2.500 euros. Lá, suas principais concorrentes são a Royal Enfield Himalayan 400, BMW G310GS e KTM 390 Adventure, mais potentes, porém mais caras.
Eis que chegamos na grande questão: faria sucesso no Brasil? Por aqui, a Suzuki nunca conseguiu emplacar uma moto de pequeno deslocamento e nos últimos tem se concentrado em suas conhecidas máquinas de alta cilindrada. Mas a última geração da V-Strom 250 chegou a ser oferecida na Europa e também passou batida.
Os tempos, no entanto, estão mudando. A pandemia de coronavírus reduziu o poder de compra de quase todas as pessoas e a recente Guerra da Ucrânia fez o preço dos combustíveis disparar. Por isso, a demanda por motos mais leves, econômicas e práticas está maior do que nunca. Deveria a J.Toledo dar uma chance à V-Strom 250?
