A Honda anunciou, para o mercado europeu, o retorno da CB 300R, que foi modernizada em diversos aspectos, como o motor compatível com o Euro5, garfos invertidos e embreagem deslizante.
Embora compartilhe a mesma sigla da motocicleta oferecida por aqui entre 2009 e 2015, a nova CB 300R europeia é um modelo totalmente diferente. Alojado em uma estrutura de aço tubular, o motor monocilíndrico tem 289 cm³, duplo comando e refrigeração líquida, que rende bons 31,4 cv a 9.000 rpm e 2,7 kgf.m a 7.750 giros.
Oferecido desde que chegou pela primeira vez ao mercado europeu em 2018, o motor atende aos novos padrões de emissões, graças, em parte, a um sistema de exaustão redesenhado, com um catalisador maior e novos abafadores. O câmbio de seis marchas recebeu uma embreagem do tipo deslizante para suavizar as trocas.
Também com o objetivo de suavizar a tocada, a Honda instalou na CB 300R novos garfos invertidos de 41mm Showa Big Piston com funções separadas para cada tubo, os mesmos da CB650R, porém com mudanças na taxa de amortecimento da mola para se adequar ao modelo menor.
Trabalhando ao lado de um amortecedor traseiro ajustável em cinco estágios, a Honda afirma a nova suspensão oferece mais sentimento na parte dianteira e melhor absorção de buracos. Para garantir a frenagem, disco único de 296 mm com quatro pistões na frente com ABS de série.
O painel digital de LCD também foi atualizado, com um design fino pesando apenas 230 gramas e informa a velocidade, rotações, nível de combustível, marcha engatada e muito mais. O conforto foi melhorado graças a uma espuma mais grossa no assento que não alterou a altura em relação ao solo, 799 milímetros.
Aqui, a malfadada CB 300R tinha praticamente só a Yamaha Fazer 250 como contraponto entre as médias acessíveis. Foi substituída pela nova Twister 250 em 2016 e continua vendendo bem, embora o segmento tenha se dividido em dois nos últimos anos, com as médias premium, como MT-03 e Kawasaki Z400, chamando muito mais atenção.
É com elas que a CB 300R europeia pretende concorrer, em um mercado que conta com ainda mais opções, como KTM 390 Duke, por exemplo. Para atrair os consumidores, os clientes podem escolher cores bem variadas, como amarelo, vermelho azul ou totalmente preta, com ou sem garfos dourados. Deveria a Honda do Brasil trazê-la para cá?