O CEO da MV Agusta, Timur Sardarov garante que a marca italiana vai voltar ao Mundial de Superbike em cinco anos. Isso, no entanto, só vai acontecer com o lançamento da nova geração da esportiva F4.
Depois de passar por uma grave crise financeira em 2016, a MV Agusta retornou de forma mais modesta graças ao investimento da família russa Sardarov. Mas apesar dos atrasos causados pelo Coronavírus, os planos de aumentar a produção continuam.
“A plataforma F4 foi descontinuada, mas voltaremos com ela daqui a cinco anos e poderemos retornar às Superbikes“, disse Sardarov em entrevista ao MCN. O russo relembra que no momento, a marca “só tem uma plataforma esportiva, a F3 675 e 800, com as quais corremos no Mundial de Supersport“.
A MV Agusta F4 competiu no Mundial de Superbike entre 2014 e 2018, sem muito sucesso. Sem vitórias, os melhores resultados foram apenas alguns quartos lugares conquistados pelo britânico Leon Camier.
Por outro lado, a participação da marca de Varese no Mundial de Supersport (600cc) é bem mais significativa. Embora não tenham sido campeões, somam oito vitórias e dois vice-campeonatos com o modelo F3 675.
Atualmente, a MV Agusta também participa da Moto2 através de uma parceria com a equipe Forward, embora o motor seja de outra marca, o três cilindros em linha de 765cc da Triumph. Na mesma entrevista, Sardarov explica os motivos dessa curiosa participação.
“É um experimento que continuamos apoiando, porque acreditamos que pode melhorar a dinâmica de nossos chassis e eletrônicos“, disse o russo. Mas subir à MotoGP está fora de questão. “É um campeonato muito caro, onde é muito difícil para um pequeno fabricante como a MV Agusta competir“, reconhece. “É algo que não podemos pagar, também não queremos ir a nenhum lugar onde não possamos vencer. Vamos continuar na Moto2“, concluiu.