A MV Agusta não vai ficar de fora da migração elétrica que os veículos motorizados devem passar nos próximos anos, principalmente na Europa. O atual CEO da marca, Timur Sardarov disse que o primeiro modelo zero emissões deve aparecer dentro de seis anos.
Em sua mais recente entrevista concedida ao MCN, Sardarov comentou diversos assuntos entre eles os rumos futuros da empresa. O empresário disse que os primeiros estudos de uma moto elétrica começarão no próximo ano e o produto deve ficar pronto em 2027.
“Começaremos a trabalhar nos produtos elétricos a partir do próximo ano, mas será mais um estudo sobre como chegar lá“, explicou Sardarov, que não quer desapontar sua clientela. “De acordo com nossa pesquisa, motos de desempenho ainda são a categoria à qual pertencemos e ainda estamos a pelo menos cinco a sete anos de introduzir algo que faça sentido em termos de DNA da marca, desempenho, peso e densidade de potência.“
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Apesar de parecer atrás de suas concorrentes, que já trabalham em conceitos e protótipos de motos elétricas, Sardarov não se mostra preocupado. “Temos muito conhecimento de engenharia e a proporção de funcionários de engenharia da MV Agusta é a mais alta da indústria“, revelou. “Cerca de 25% da força de trabalho faz parte de pesquisa e desenvolvimento. Nenhuma outra empresa tem isso”.
Por fim, Sardarov também mostrou tranquilidade ao comentar os desafios de uma empresa pequena em meio ao caos da pandemia que tomou o mundo de assalto em 2020. Mas o executivo garante que a MV Agusta sofre menos do que outras fabricantes.
“A MV Agusta é uma marca acostumada com a gestão de crises, então para nós uma crise, outra crise não é um problema. Essa é realmente uma das nossas vantagens porque é bastante flexível em termos de ajuste à realidade“, afirma. “A pandemia na verdade jogou a favor de nós, porque colocou todas as outras pessoas em crise e quanto maior a empresa, menos flexível ela é no que pode e não pode fazer. Portanto, para uma pequena empresa é um pequeno problema e para uma grande empresa, existem grandes problemas“, explicou.