Na Itália, já é dada como certa a separação da MV Agusta da KTM, apenas poucos meses depois deles terem adquirido a maioria de suas ações. A fabricante austríaca atravessa uma grave crise financeira.
Anunciada em dezembro de 2022, a compra de 25,1% da MV Agusta cresceu para 50,1% esse ano com os austríacos bastante determinados em aumentar o lucro e o alcance da fabricante italiana, indo até mesmo contra a vontade do então CEO da empresa, o russo Timur Sardarov.
Mas, após alguns relatórios comerciais bem sombrios, a verdade caiu como uma bomba em 29 de novembro: a Pierer Mobility AG, empresa controladora das marcas KTM, Husqvarna, GasGas e MV Agusta entrou com um pedido de insolvência na justiça suíça.
Trata-se de uma reviravolta preocupante, considerando-se que a KTM entrou em cena na MV Agusta justamente para suprir as suas fragilidades financeiras, que vinha sofrendo com os embargos comerciais impostos ao seu líder de origem russa. Lembra-se da Guerra na Ucrânia?
Na última segunda-feira (9), os representantes sindicais dos funcionários da MV Agusta se reuniram com a KTM para saber dos próximos passos. Aparentemente, os austríacos consideraram a fabricante italiana “um ativo não estratégico” na situação atual.
“Agora a MV Agusta deve se sustentar sozinha”, disse Agostino Casati, membro da Federação Italiana de Metalúrgicos de Como e Varese à imprensa local. No entanto, ainda faltam cerca de 90 dias para formalização da decisão, quando a KTM apresentar o seu plano de recuperação econômica.
Eles também disseram que a KTM retirou 500 mil euros colocados na mesa para indemnizações por despedimento, uma indicação que sugere que os austríacos não vão voltar atrás nos seus planos. O pagamento do décimo terceiro salário foi adiado para 23 de dezembro.