A MV Agusta anunciou ontem (16) a surpreendente decisão de manter sua fábrica funcionando, apesar de a Itália ser, de longe, o país mais afetado pela pandemia de Coronavírus no ocidente.
A marca italiana afirma que chegou a essa decisão em acordo com os representantes de seus trabalhadores e que a fábrica operará em total conformidade com as restrições e quarentenas italianas relacionadas à epidemia de saúde.
“Tomamos essa decisão com um grande senso de responsabilidade, em relação a nossos funcionários, em primeiro lugar, mas também em relação à comunidade local, que não pode arcar com o colapso de sua capacidade de produção, e em relação a todos os setores relacionados nos quais tantos trabalhadores e seus funcionários famílias dependem”, disse o CEO, Timur Sardarov.
“A empresa implementou todas as informações, medidas de prevenção e contenção exigidas pelas circunstâncias. Estamos determinados a continuar fazendo o possível para apoiar esta comunidade, respeitando plenamente as regras e com a máxima segurança“, garantiu. “Acreditamos que é nosso dever não desistir dessa situação de crise, para que a economia dessa comunidade possa se recuperar assim que a emergência terminar“.
A decisão da MV Agusta vai na contramão das conterrâneas Ducati e Grupo Piaggio, que anunciaram ainda na semana passada, a paralisação de suas atividades até o início do mês de maio, pelo menos. A Yamaha também fechou duas fábricas, na Itália e na França.
A Itália é o país ocidental mais afetado pelo coronavírus. São quase 25.000 infectados pelo vírus Covid-19, com o número de vitimas fatais passando de 1.800. A sede da MV Agusta fica em Varese, comuna com 82 mil habitantes a cerca de 60 quilômetros de Milão.