A MV Agusta e a equipe Forward Racing apresentaram hoje a “F2”, motocicleta com a qual correrão na temporada 2019 da Moto2. É o primeiro modelo de competição da marca italiana em 42 anos.
Inteiramente baseada nas superbikes médias F3 (que possuem motor de três cilindros em linha semelhante ao Triumph 765cc que será padrão na Moto2 no ano que vem) o protótipo da MV Augusta conta com chassi tubular de alumínio, assim como o subchassi.
O braço-oscilante também é produzido pela própria MV Agusta em parceria com a Suter, atual fornecedora de chassis da Forward Racing. A construção é de alumínio usinado e refroçado com chapas de alumínio moldadas a pressão.
Na parte ciclística, as suspensões são Öhlins, enquanto que as rodas de magnésio foram forjadas pela tradicional empresa O.Z. A carenagem é de carbono com a entrada de ar dianteira em formato de losango. O para-lama dianteiro é envolvente, como nas Kalex.
Depois de ter relativizado a importância das competições, Giovanni Castiglioni, CEO da MV Agusta, parece ter mudado de ideia ao costurar um acordo com seu amigo Giovanni Cuzari (líder da Forward) para voltar ao Campeonato Mundial. A última participação da marca de Varese havia sido em 1976.
Atualmente, a MV Agusta possui apenas uma tímida participação no World Supersport, categoria intermediária do Mundial de Superbike. A mudança para a Moto2 visa atingir uma maior audiência em um evento com um público muito superior ao WSBK.
A Forward Racing também já parece estar totalmente focada em 2019. Limitada pelo fraco desempenho dos chassis Suter nessa temporada, a equipe que normalmente lutava por vitórias, está tendo dificuldades até para marcar pontos com os pilotos Eric Granado e Stefano Manzi. A presença de ambos ainda não foi confirmada para o próximo ano.