A MV Agusta apresentou ontem (11), em Milão, na Itália a sua equipe para competir na Moto2 em 2019. Será a primeira vez depois de 43 anos que a marca italiana participará de forma oficial no Campeonato Mundial.
A equipe foi formada no ano passado através de uma parceria com a Forward Racing, a mesma na qual competiu o brasileiro Eric Granado. Seu proprietário Giovanni Cuzari é amigo pessoal do atual dono da MV Agusta, Giovanni Castiglioni.
“Cresci nas corridas, participando das inúmeras vitórias de nossas marcas; da pista de motocross ao Paris Dakar, incluindo as corridas SBK e a Cagiva GP500. Mas o sonho de todos nós sempre foi voltar ao Campeonato Mundial com o MV Agusta“, disse Castiglioni. “Estou muito orgulhoso de tudo o que conseguimos e de ver o nosso projeto de Moto2 reacender os nossos sonhos, assim como as memórias dos nossos fãs apaixonados“.
Para a nova empreitada, eles desenvolveram a F2, superbike construída na Suíça pela Suter Racing, também responsável pela confecção do braço-oscilante. Como a categoria é monomarca, o motor é o mesmo Triumph 765cc que equipa todo o grid.
Originalmente eles haviam escolhido o polêmico Romano Fenati como primeiro piloto, mas como o italiano foi banido do esporte até fevereiro desse ano pelo incidente de Misano, eles optaram por contratar o experiente suíço Dominique Aegerter. Ao seu lado estará o italiano Stefano Manzi.
“Estou muito feliz e orgulhoso por fazer parte deste projeto MV Agusta Forward Racing“, disse Aegerter. “Tudo é novo para mim: a moto e a equipe, mas as primeiras impressões são extremamente positivas. As pessoas ao meu redor são muito profissionais. Tenho certeza de que faremos um bom trabalho este ano. Teremos grandes responsabilidades em trazer esse nome de volta à pista, mas passo a passo, vamos encontrar o melhor caminho para esta emocionante aventura“, completou.
A MV Agusta foi a principal marca do Mundial de Motovelocidade durante os anos de 1960 e 1970. Foi com ela que Giacomo Agostini conquistou seus 15 títulos mundiais, 13 deles apenas nas classes de 350cc e 500cc. Entretanto, desde a ascensão das motos japonesas, eles ficaram ausentes, embora tenham participado do Mundial de Superbike nos últimos anos.