Na temporada 2022, o Mundial de Supersport terá um regulamento técnico totalmente novo que permite a participação de motos de cilindradas maiores, como Ducati Panigale V2 e MV Agusta F3 800. A Yamaha, no entanto, vai manter a campeã YZF-R6 com atualizações.
Entre as mudanças nas regras, fica permitida a entrada de motocicletas acima de 600 cm³ desde que com menos de quatro cilindros em linha, o que reacendeu o interesse de outros participantes. A Ducati, por exemplo, estará presente com uma equipe oficial, o que não acontecia desde 2007.
Mas, de acordo com uma lista de peças aprovadas pela FIM elegíveis para competição, a R6 será classificada como modelo “Next Generation” para a temporada de 2023, continuando a ser elegível para competir na classe juntamente com os novos modelos de maior cilindrada.
Uma coisa importante a ser observada: a R6 listada na planilha não é uma moto nova, mas a mesma lançada em 2016. O modelo de rua foi descontinuado em 2020, mas a Yamaha continua fazendo uma versão apenas para pista. Para as estradas eles agora oferecem a muito menos radical Yamaha R7.
Para a temporada 2023, a Yamaha R6 terá permissão para usar uma árvore de manivelas e cornetas da GYTR, novas mangueiras nos corpos do acelerador e um “Engine Kit 2023”. O que esse kit inclui não está claro, mas certamente desempenha um papel importante em mantê-la competitiva.
A presença da YZF-R6 até a temporada de 2023 sugere que a Yamaha a substituirá antes disso. Muito se falou na entrada da recente R7, mas alguns especulam que a moto bicilíndrica de 690 cm³ não seria páreo para as rivais com mais de 900 cm³, no caso da Ducati.
Desde a sua introdução em 2017, só dá Yamaha R6 no Mundial de Supersport, um dos motivos pelas quais os organizadores resolveram mexer no regulamento. A motocicleta já acumula nada menos do que nove títulos na categoria e ultimamente só vinha tendo como rival a Kawasaki Ninja ZX-6R.