O Mundial de Supersport, categoria intermediária do Mundial de Superbike (WorldSBK) pode passar por mudanças profundas para se tornar mais atrativa às grandes fabricantes e frear o domínio da Yamaha dos últimos anos.
Na última década, com o advento da eletrônica, as motos esportivas de 600cc e quatro cilindros praticamente desapareceram do mercado e foram substituídas por modelos com melhor custo/benefício, porém não tão radicalmente esportivas como antes.
Apenas Yamaha e Kawasaki continuaram a aperfeiçoar suas “supersports raiz”. Não por acaso, o Mundial de Supersport vem sendo dominado pela marca dos diapasões, que conquistou os últimos quatro títulos da categoria. 18 pilotos competem com a YZF-R6, quatro com a Ninja ZX-6R, dois com Honda CBR600RR e dois com MV Agusta F3.
De acordo com o Speedweek, o diretor técnico da FIM, Scott Smart, trabalha há meses em um novo regulamento semelhante ao implementado no WorldSSP 300, onde motocicletas com cilindradas muito diferentes competem entre si com grande equilíbrio. Isso foi conseguido limitando eletronicamente a rotação do motor e especificando um peso mínimo diferente para cada uma delas.
A ideia é tornar o Mundial de Supersport mais interessante e equilibrado. A MV Agusta, por exemplo, ao invés de competir com a F3 675 poderia passar para a F3 800, mais potente. A Triumph poderia incluir a novíssima Daytona 765 Limited Edition e a Ducati a sua Panigale V2, que possui um V-Twin de 955 cm³. Quem também poderia entrar na briga é a novíssima Aprilia RS 660.
Segundo os alemães, Aprilia, Ducati, Honda, Kawasaki, MV Agusta, Triumph e Yamaha já receberam as propostas de mudanças. Se houver unanimidade dentro da MSMA e todos concordarem, a categoria passa a contar com o novo regulamento já em 2021.