Os organizadores do Mundial de Supersport, a categoria intermediária do Mundial de Superbike anunciaram hoje (9) que vão mesmo flexibilizar o regulamento técnico para permitir uma maior variedade de motos e mais disputas a partir de 2022.
Como já se especulava desde outubro, as mudanças permitirão que motocicletas de um a três cilindros superiores a 600cc entrem na pista em conjunto com as tetracilíndricas. Elas terão pesos e limites de rotações diferentes para garantir o equilíbrio.
Trata-se de uma fórmula que vem sendo empregada com sucesso no World Supersport 300, a categoria de entrada, que estreou em 2017. Lá, motocicletas como Yamaha R3, KTM 390 Duke e Honda CBR500R competem entre si em condições de igualdade.
O objetivo da FIM e da Dorna – a mesma entidade que controla a MotoGP – é permitir a entrada dos modelos Ducati Panigale V2, Aprilia RS660 e Triumph Street Triple 765RS (com carenagem para pista) no campeonato. Por isso, os organizadores vão trabalhar em conjunto com o Campeonato Britânico, que fará o mesmo.
“A categoria Supersport é de grande importância para as estruturas de competição nacional e internacional. Anteriormente, vários fabricantes e motos de diferentes configurações competiram juntos de forma competitiva, mas isso diminuiu devido às mudanças no mercado“, disse Stuart Higgs, diretor do British Superbike. “Reiniciar e redefinir a categoria fornecerá um grande incentivo e um grande futuro para a categoria intermediária de motocicletas derivadas de rua. Estou feliz e animado por cooperar e trabalhar de perto com nossos amigos do FIM e DWO neste projeto.”
Nos últimos cinco anos, o Mundial de Supersport contou com a participação oficial de apenas três fabricantes: Yamaha, Kawasaki e MV Agusta, que já sinalizou não continuar a produzir a F3 675 devido as restrições do Euro5. A marca italiana, no entanto, deve continuar com a F3 800 no novo regulamento do campeonato.