A Harley-Davidson teve sua pena por desrespeitar as legislações ambientais dos Estados Unidos reduzida pelo Departamento de Justiça. A marca de Milwaukee disponibilizava, até o ano passado, um software que aumentava a performance do motor – e as emissões de poluentes.
Em agosto de 2016, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) anunciou que a marca deveria pagar uma multa de até US$ 15 milhões de dólares por disponibilizar de forma oficial o “Super Tuner Pro“, dispositivo que aumentava a potência dos motores Screamin’ Eagle.
O equipamento permitia ao proprietário alterar manualmente alguns parâmetros eletrônicos do motor em casa, sem muita dificuldade. Isso aumentava sua performance, mas também fazia as motocicletas extrapolarem os limites de emissões de poluentes estabelecidos pelos Estados Unidos.
O EPA estabeleceu, à época, que 12 milhões deveriam ser pagos em dinheiro, enquanto que os outros três milhões seriam convertidos em esforços da Harley-Davidson para tornar suas motocicletas menos poluentes. Entretanto, de acordo com a agência Reuters, essas obrigações não são mais necessárias.
Segundo a agência de notícias que conversou com fontes informadas sobre o assunto, esses três milhões restantes foram “absolvidos” e decisão partiu do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ). A Harley-Davidson pode realizar um pronunciamento sobre o assunto ainda nessa semana.
Conforme lembrou o Asphalt and Rubber, essas penalidades aconteceram ainda na “era Obama”. Mas desde janeiro, o novo presidente dos Estados Unidos é Donald Trump, conhecido por não dar muita importância a questões ambientais. Curiosamente, o político/empresário se reuniu com a Harley-Davidson nos primeiros meses do ano.