Todo motociclista já se deparou com uma fechada de um motorista, que alega não tê-lo visto. Esse estudo norte-americano comprova que as motos são de difícil visualização, especialmente para os SUVs.
O trabalho foi realizado pelo American Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), um instituto independente do governo e sem fins lucrativos dedicado a reduzir mortes no trânsito por meio de pesquisa e avaliação, além de conscientização.
Eles avaliaram como os novos SUVs do mercado norte-americano e seus respectivos sistemas eletrônicos de prevenção de acidentes (como frenagem automática e aviso de colisão frontal) são capazes de superar diversos obstáculos, inclusive motocicletas e caminhões.
As velocidades do experimento aumentaram desde quando a tecnologia foi desenvolvida pela primeira vez. Entre 20 e 40 km/h todos obtiveram classificações excelentes. Agora que passaram para 50, 60 e 70 km/h, os resultados foram bem diferentes.
No teste, um engenheiro conduz o veículo em direção ao alvo (moto ou caminhão) na velocidade selecionada e registra quando ocorre o aviso de colisão frontal e quanto o sistema desacelera o veículo para prevenir ou mitigar o impacto iminente.
Dez veículos foram avaliados: Subaru Forester, Honda CR-V, Toyota RAV4, Ford Escape, Hyundai Tucson, Jeep Compass, Chevrolet Equinox, Mazda CX-5, Mitsubishi Outlander e Volkswagen Taos. Apenas um deles passou pelo teste com louvor.
O Forester foi o único que conseguiu reduzir sua velocidade em quase 50 km/h antes de atingir o alvo. O CR-V e o RAV4 tiveram resultados “aceitáveis”. Escape, Tucson e Compass obtiveram uma classificação “marginal” e Equinox, CX-5, Outlander e Taos obtiveram classificações “ruins”.
O pior de tudo: todos eles se mostraram menos eficazes na prevenção de colisões contra motocicletas, especificamente, o Equinox, CX-5, Outlander e Taos, que simplesmente não identificaram o veículo de duas rodas a sua frente e não reduziram a velocidade.
Motociclistas já temem o trânsito, que não depende de nós. A maioria é cauteloso, consciente dos riscos envolvidos e de que muitas vezes há situações que estão fora do nosso controle. O resultado do teste é, sem dúvida, preocupante, pois nem a tecnologia atual está reduzindo os riscos.