A Yamaha está testando no circuito de Valência, na Espanha, o seu primeiro motor V4 de MotoGP, com vista a estrear em 2026. Se os resultados forem bons, isso pode acontecer ainda esse ano.
De volta à Europa após as primeiras etapas do ano, Yamaha e Honda desfrutam de total liberdade em testes privados, uma concessão prevista no regulamento àqueles fabricantes que foram mal no ano anterior. Até mesmo os pilotos regulares podem participar.
De acordo com os italianos do GPone, que estão acompanhando os testes, a Yamaha, que testa sozinha hoje em Valência, está não apenas com um motor V4, mas dois: um tem 1.000 cm³, o tamanho atual dos propulsores de MotoGP; o outro é de 850 cm³ já visando a temporada 2027.
Na verdade, estamos falando de duas motocicletas completas: uma derivada da atual, mas com motor V4 de 1000cc; a outra especificamente construída para o novo regulamento de 2027 e, portanto, ainda sujeita a muitas modificações.
Qual é a intenção da Yamaha: correr com o motor V4 de 1000cc em 2026, no último ano em que serão permitidos. Mas se os resultados forem bons, nada impede de que o novo engenho venha para as corridas ainda em 2025, com o know-how adquirido implementado no de 850cc.
“Quando o motor V4 for melhor que o atual, nós o apresentaremos. Talvez não em 2025. Quando entregarmos essas motos aos pilotos oficiais, temos de ter certeza de que elas estarão em um bom nível”, disse o diretor da equipe, Paolo Pavesio.
Embora Fabio Quartararo e Alex Rins pudessem participar do teste, a Yamaha decidiu utilizar Augusto Fernandez, substituto de Miguel Oliveira nos GPs dos EUA e do Catar, assim como Cal Crutchlow, que volta a pilotar a M1 depois de suas lesões no ano passado.
“Finalmente, Crutchlow se recuperou 100% da lesão na mão. Ele não pilota há muito tempo, mas agora seu trabalho como piloto de testes recomeça. Ele participará do programa de testes junto com Augusto”, confirmou Pavesio.
As japonesas estão mostrando claras tendências ascendentes. No Catar, Quartataro conseguiu levar a Yamaha à primeira fila (o que não acontecia desde 2022) e Johann Zarco perdeu por pouco seu primeiro pódio de Honda no domingo.
