A Yamaha apresentou hoje (4), em Jacarta, na Indonésia a sua equipe para a temporada 2019 da MotoGP. Nesse ano, Valentino Rossi e Maverick Viñales pilotarão uma YZR-M1 com mais preto em suas carenagens, graças à chegada do novo patrocinador principal Monster.
A mudança aconteceu em virtude da saída da Movistar, gigante espanhola das telecomunicações que patrocinou a Yamaha de 2014 a 2018. Ao mesmo tempo, a equipe satélite da Yamaha Tech3, que ostentava o logo da Monster, debandou-se para a KTM, mas a empresa preferiu permanecer com a marca dos diapasões.
“Foi uma progressão natural. Estávamos com a equipe da Tech 3 há muitos anos, a equipe da fábrica também e com os dois pilotos“, disse Mitch Covington, vice-presidente de gestão esportiva da Monster. “Foi uma decisão muito fácil, nos sentimos em casa e esperamos que a Yamaha se sinta em casa com o logo Monster na retaguarda”.
Além da pintura, muitas novidades foram feitas na Yamaha, tanto a nível organizacional quanto técnico a fim de espantar a péssima temporada 2018, onde eles venceram apenas uma corrida, com Viñales no GP da Austrália. O chefe da equipe Lin Jarvis garante que eles estão trabalhando mais do que nunca para voltar ao topo.
“Como em qualquer estrutura, sempre há mudanças que precisam ser feitas. No Japão, vimos que há uma nova organização, liderada por Kouichi Tsuji. Outra mudança importante é a interação entre o Japão e a Europa“, explicou Jarvis. “Estamos expandindo na Europa, na Itália, e essa interação será importante. Estou confiante que os técnicos, funcionários e pilotos, juntamente com os parceiros que temos, teremos uma boa temporada“.
Para Valentino Rossi, este é um momento chave. Às vésperas de completar quarenta anos, o nove vezes campeão do mundo está na reta final de sua carreira e sabe que precisa de uma moto competitiva para continuar motivado.
“Temos que trabalhar duro porque na última temporada nossos adversários deram um bom passo à frente“, comentou Rossi. “Na MotoGP moderna a chave são os pneus, trabalhamos sempre para salvar os pneus. É um trabalho difícil, muito preciso, você precisa trabalhar em seu estilo [de pilotagem] e trabalhar duro com seus engenheiros. Este é o objetivo deste ano“, completou.
O momento também é delicado para o companheiro de Rossi, Maverick Viñales. Depois de chegar à Yamaha como uma grande promessa em 2017, o espanhol não conseguiu lutar pelo título como se esperava. Para 2019, o piloto de 23 anos mudou tudo, desde o engenheiro de pista até o número de sua moto para espantar a má fase.
“Foi um ótimo inverno. Eu me senti muito bem e é um prazer estar aqui. Eu vi a moto e achei linda“, afirma Viñales. “Não importa como foi o ano passado, é um novo começo. Nós vimos muitas mudanças dentro da equipe, sinto que tenho uma experiência muito boa com o meu pessoal e, com todas as mudanças, que eu acho que posso chegar lá“, garante.
Não vai demorar muito para Rossi e Viñales desfilarem a nova Yamaha M1 nas pistas, já que o primeiro teste pré-temporada de 2019 começa para os pilotos titulares dentro de dois dias, entre 6 e 8 de fevereiro em Sepang, na Malásia.