A Agência Mundial Antidoping (WADA) entrou com um apelo no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) pedindo que a pena de 18 meses imposta pela FIM à Andrea Iannone não apenas seja diminuída, como aumentada. Assim, o italiano poderá ficar até 4 anos longe das pistas. Entenda o caso aqui.
Iannone teve a sua licença de pilotagem suspensa em 17 de dezembro de 2019 após o resultado de um teste antidoping realizado durante o GP da Malásia de MotoGP dar positivo para dostranolona, um anabolizante bastante utilizado por fisiculturistas.
O piloto da Aprilia, no entanto, garante que nunca fez uso dessa medicação contraindo-a através de carne contaminada na Ásia. Iannone solicitou uma amostra B, que confirmou os resultados, apelou na Comissão Disciplinar Internacional da FIM (onde perdeu) e agora tenta pela última vez no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), na Suíça.
Só que hoje o TAS também revelou a existência de outro apelo, da Agência Mundial Antidoping (WADA) solicitando que o Tribunal endureça a sentença de 18 meses para um total de quatro anos. Ou seja, ao invés de ficar impedido de pilotar até 16 de junho de 2021, Iannone teria de esperar até 16 de dezembro de 2023.
Fundada em 1999, a WADA é uma organização sem fins lucrativos que tem como principal objetivo coordenar a luta contra o doping em atletas profissionais de todo o mundo. Sediada na Suíça, como o TAS, as duas entidades frequentemente estão relacionadas.
Até agora, o TAS afirma que não há data fixa para a audiência dos dois recursos. No entanto, o calendário de audiências tem datas marcadas até o mês de novembro. O que significa que Iannone pode ter que esperar até o fim do ano para ter a sua sentença final revelada, perdendo definitivamente a temporada 2020, na melhor das hipóteses.