As esperanças de Andrea Iannone em regressar rapidamente à MotoGP foram desfeitas. O italiano, suspenso das pistas acusado de doping, teve a audiência do seu recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) adiada para 15 de outubro.
Suspenso pela FIM em dezembro do ano passado após um teste antidoping dar positivo para a substância drostonolona, Iannone tenta no TAS a sua última cartada para retirar a suspensão de 18 meses que o deixa fora das pistas até junho de 2021.
De acordo com o chefe de Iannone, Massimo Rivola, foi a própria Agência Internacional Antidopagem (WADA) que solicitou o adiamento da audiência, um pedido que foi aceito pelo TAS. E mesmo que venha a ser absolvido, o Tribunal ainda deve demorar alguns dias para tornar o veredicto público.
Ou seja, Iannone definitivamente está fora dos GPs da Áustria, Estíria, San Marino, Emília Romanha, Catalunha e França. Um eventual retorno só poderá acontecer a partir do Grande Prêmio de Aragón, em 18 de outubro, com outras quatro provas antes do término da temporada 2020.
Esse adiamento não prejudica apenas o italiano. A Aprilia também ficou muito insatisfeita, porque coloca um empecilho na decisão sobre quem pilotará para eles em 2021. Eles já declararam apoio à Iannone, mas se o italiano não puder correr, precisam de tempo para encontrar um substituto competitivo.
“A WADA conseguiu adiar a audiência, que será realizada em 15 de outubro. Isso torna as coisas muito difíceis para nós e para o piloto“, revelou Massimo Rivola. “Temos que pensar numa estratégia para não perder oportunidades, mas a nossa intenção é esperar por ele, acreditamos na inocência da Andrea“, reiterou.
Um dos candidatos à vaga de Iannone é Cal Crutchlow, que vai deixar a LCR-Honda ao final do ano. O britânico acenou positivamente à ideia de continuar o desenvolvimento da RS-GP, mas precisa de uma resposta definitiva o quanto antes.