É tempo de férias de verão para os pilotos de MotoGP, mas muitos não poderão aproveitar porque se recuperam de diversas lesões acumuladas na primeira metade da temporada. Veja aqui o assustador saldo visto até agora.
Seja pelo aumento de potência, as exigências crescentes devido à aerodinâmica, ou ao novo formato da MotoGP, com um treino a menos e uma corrida a mais (Sprint Race), nos primeiros 8 Grandes Prêmios antes das férias de verão, houveram 116 quedas apenas na Categoria Rainha.
Isso corresponde a uma média de 20,75 quedas por fim de semana de corrida e, portanto, um aumento significativo em relação ao ano passado (com uma média de 16,7 quedas de MotoGP por evento). Essa caminha a passos largos para ser a temporada mais acidentada da história.
Ainda mais preocupante é a longa lista de lesões resultantes. 13 dos 22 pilotos regulares (mais da metade, exatamente 59%) já lutaram com problemas físicos na atual temporada, sete deles (e, portanto, 31,8%) já perderam pelo menos uma corrida. Veja caso a caso abaixo.
Pol Espargaró (GasGas) – Pulmão contundido e fratura de oito ossos (incluindo maxilar e vértebras) no FP2 do GP de Portugal. Perdeu os oito eventos até agora.
Enea Bastianini (Ducati) – Colisão com Luca Marini na Sprint Race do GP de Portugal. Fratura da omoplata direita. Perdeu as corridas principais e mais quatro GPs.
Marc Márquez (Repsol-Honda) – Colisão com Miguel Oliveira no GP de Portugal. Fratura do primeiro metacarpo da mão direita, perdeu três GPs. Queda no WarmUp do GP da Alemanha resultou em um polegar esquerdo quebrado, uma costela quebrada e um tornozelo machucado.
Miguel Oliveira (RNF-Aprilia) – Colisão com Marc Márquez no GP de Portugal resultou em lesões no tendão rotador externo da perna direita; perdeu um GP. Colisão com Fabio Quartararo no GP da Espanha ocasionou luxação do ombro com pequena fratura no braço. Perdeu outro GP.
Jorge Martin (Pramac-Ducati) – Fratura no dedo do pé direito no GP de Portugal. Nenhum GP perdido.
Joan Mir (Repsol-Honda) – Queda na Sprint Race do GP da Argentina resultou em traumatismo craniano e cervical. Perdeu a corrida principal no domingo. Queda no FP2 do GP da Itália. Lesão num dedo e hematomas na mão direita. Perdeu as três etapas seguintes.
Alex Márquez (Gresini-Ducati) – Ruptura do tendão e distensão do ligamento do tendão durante o GP dos EUA. Nenhuma corrida perdida.
Pecco Bagnaia (Ducati) – Colisão com Maverick Viñales no GP da França ocasionando lesão óssea no tornozelo. Nenhum GP perdido.
Luca Marini (VR46-Ducati) – Colisão com Alex Márquez no GP da França. Lesão no osso metacarpo da mão direita. Nenhum GP perdido.
Alex Rins (LCR-Honda) – Queda na Sprint Race do GP da Itália resultando em fratura de tíbia e fíbula da perna direita. Perdeu as corridas principais e outros dois GPs até agora.
Fabio Quartararo (Yamaha) – Queda no GP da Holanda resultou em hematomas no cotovelo e mão esquerdos, fratura do dedão do pé direito ainda mais deslocada (fraturada anteriormente em acidente de jogging). Deve estar apto no regresso em agosto.
Também há lesões que não se devem a quedas, mas também tiveram impacto na pista:
Aleix Espargaró (Aprilia) – Fibrose no antebraço (cirurgia após teste de Portimão); osso do tornozelo direito quebrado duas vezes e duas costelas quebradas (acidente de bicicleta antes do GP de Itália). Não chegou a perder um GP).
Raúl Fernández (RNF-Aprilia) – Síndrome compartimental com nove músculos afetados no antebraço direito. Realizou cirurgia antes do GP da França e perdeu a corrida.
Jorge Martin (Pramac-Ducati) – Síndrome compartimental na perna esquerda. Operado essa semana, deve estar de volta na segunda metade da temporada.