Aos poucos maiores detalhes sobre a venda da MotoGP vão surgindo. Soube-se agora que a oferta da Liberty Media não foi a maior, e sim a do Grupo TKO, dono das ligas UFC e WWE.
De acordo com o Financial Times, o grupo liderado por Ari Emanuel ofereceu cerca de 200 milhões de euros a mais do que a Liberty Media (€ 4,2 bilhões), mas os acionistas do fundo de investimentos Bridgepoint preferiram vender para o grupo de Greg Maffei.
A Bridgepoint se recusou a comentar, mas uma pessoa próxima ao acordo disse ao Financial Times que Emanuel e TKO “culturalmente não eram uma boa opção”. Tanto o UFC quanto o WWE são duas ligas de luta profissional dos Estados Unidos.
Do seu lado, a TKO disse que a Bridgepoint “falhou em seu dever fiduciário não apenas para com seus LPs [sócios limitados], mas também para com seus acionistas no mercado público”. O monopólio de uma empresa no mercado financeiro não é bem vista, além de ser uma prática proibida.
Em 2006, por exemplo, Comissão Europeia decidiu que a Fórmula 1 e a MotoGP não poderiam ser propriedade da mesma empresa (CVC) devido a preocupações de que as emissoras ficariam em desvantagem nas negociações sobre a exibição de eventos.
Maffei, no entanto, prosseguiu com a compra baseando-se na premissa de que o mercado de mídia evoluiu desde 2006 e porque a Liberty Media pretende manter a MotoGP como um ativo separado da Fórmula 1, como acrescentou repetidas vezes.
“Vamos manter a empresa independente”, garantiu Maffei ao anunciar a compra da MotoGP na semana passada. “Certamente não tentaremos fundir e vender o produto no mercado de TV como um só.” A MotoGP corre nos Estados Unidos nesse fim de semana.