Aparentemente Miguel Oliveira ainda não tem o seu futuro na MotoGP definido. O diretor da KTM Motorsport, Pit Beirer disse que a oferta de retorno à equipe Tech3 ainda está de pé.
Em uma recente entrevista ao diário alemão Speedweek, Beirer revelou que, ao contrário do que vem sendo falado na mídia nos últimos dias, Oliveira não tem que pagar uma multa rescisória para sair da KTM. O português recusou um retorno à equipe satélite Tech3 (onde correu em 2019 e 2020) e vem sendo veiculado na futura RNF Aprilia.
“Sim, Miguel está livre porque nunca resgatamos sua extensão de contrato. Combinamos assim por causa da boa amizade que temos com ele“, revelou Beirer. “Ele ainda tem a oportunidade de conversar e negociar conosco sobre uma vaga na Tech3. A oferta ainda está lá. Mas ele não tem nenhum obstáculo nosso que o impeça de assinar um novo contrato em outro lugar. Ele não tem que comprar sua liberdade, porque respeitamos o que ele conquistou conosco.“
Além de Oliveira, a KTM tem outro piloto insatisfeito: Raul Fernandez. O rookie espanhol também está sendo especulado na equipe de Razlan Razali em 2023, mas aqui há mesmo uma multa rescisória, de alegados € 1,3 milhão: “Este valor está incorreto, mas Raul Fernandez, assim como Miguel Oliveira, tem uma relação contratual conosco. E isso deve ser devidamente resolvido. Não quero falar mais sobre isso porque é uma história não resolvida.“
Nos últimos meses, a diretoria da KTM também se desentendeu com o representante de Remy Gardner, Paco Sanchez, por criticar a taxa do australiano em 2023 e a equipe técnica da Tech3. Pit Beirer, então, disse o que espera de seus pilotos ao lado da fabricante austríaca.
“Paco Sanchez me irritou brutalmente com suas declarações, mas vou lidar com ele normalmente porque ainda estamos muito motivados para concluir o nosso projeto com Remy“, disse Beirer. “Mas agora percebemos que não devemos insistir em nossos contratos se os pilotos não estiverem completamente felizes e satisfeitos conosco. Caso contrário, será difícil assim que o caminho se tornar rochoso. E na MotoGP não há etapa em que a estrada não seja rochosa. Nesta situação você tem que ficar junto, como uma equipe, como uma família, como amigos“, desabafou.
Além disso, no GP da Holanda, Brad Binder concluiu a corrida na quinta posição, apenas 2,7 segundos atrás do vencedor Pecco Bagnaia, de modo que a KTM RC16 não é o caso perdido que afirmam: “Sim, o objetivo do pódio está novamente ao alcance em termos de velocidade da moto e habilidade de nossos pilotos. É por isso que é preciso total confiança de ambos os lados: da fabricante para o piloto e do piloto para a fabricante.”