Além de inéditas, as três vitórias da KTM na temporada 2020 de MotoGP encerraram um domínio de anos da fabricante de suspensões Öhlins na Categoria Rainha do Motociclismo. Nos freios, no entanto, a Brembo continua invicta.
Desde que entrou na MotoGP em 2017, a KTM utiliza suspensões WP, marca igualmente austríaca e que equipa praticamente todas as motocicletas da fabricante. Esse também foi o primeiro caso em que uma equipe deixou de utilizar a sueca Öhlins, consideradas as melhores por muita gente.
As vitórias de Brad Binder e Miguel Oliviera também foram as primeiras de uma motocicleta sem o tradicional quadro em dupla trave de alumínio em muito tempo. Outro caminho diferente tomado pela KTM foi apostar em uma estrutura tubular com reforços adicionais em pontos específicos, o que era visto com muita descrença no início.
Se a KTM quebrou paradigmas de suspensão e chassi, o mesmo não se pode dizer dos freios que, assim como as demais, eram Brembo. A marca italiana vence todas as corridas desde 1995 e pela quinta temporada consecutiva, desde que a Gresini deixou a Nissin, é o fornecedor único não oficial da MotoGP.
Isso não significa que a temporada foi perfeita para a Brembo. Eles tiveram um momento de grande apreensão no GP da Estíria (vencido por Oliveira) quando os freios de Maverick Viñales (Yamaha) falharam de forma dramática no final da reta e o espanhol se viu obrigado a saltar da moto para sobreviver.
Suspensão e freios são as principais áreas da competição ainda abertas em termos de componentes de terceiros. Por outro lado, os pneus (Michelin) e a centralina eletrônica (Magneti-Marelli) agora são padronizados oficialmente, como forma de nivelar a categoria.