Para limitar ao máximo o número de participantes nas corridas sem público que estão sendo planejadas pela MotoGP, não haverá WildCards em 2020. Isso significa que Jorge Lorenzo não poderá disputar uma corrida até, pelo menos, 2021.
Lorenzo anunciou a aposentadoria no GP de Valência do ano passado, mas apenas dois meses depois a Yamaha o contratou como piloto de testes. Não demoraram a surgir boatos de que o espanhol poderia voltar às pistas através de um WildCard no GP da Catalunha, que seria disputado em junho.
Tudo mudou, no entanto, com a chegada do Coronavírus. Com a Covid-19 atingindo fortemente a Espanha (230 mil infectados e 27 mil óbitos) e diversos países ocidentais, todas as etapas do primeiro semestre foram adiadas, incluindo aquela que teria a participação de Lorenzo, no circuito de Montmeló.
Agora que a situação começa a melhorar na Europa, a MotoGP planeja o retorno, com corridas sem público e paddock limitado a apenas 1.100 participantes, com rígidas medidas de segurança. Isso também significa que apenas os 22 pilotos titulares estão autorizados a entrar na pista.
A volta de Lorenzo na Catalunha era benéfica para ambas as partes: para a Yamaha, que esperava testar novas peças com um piloto comprovadamente veloz em uma pista que domina. E para o espanhol, que avaliaria o seu desempenho visando um retorno em 2021.
Agora, no entanto, esse cenário parece quase impossível. Lorenzo não pilota uma MotoGP desde os testes de Sepang, em fevereiro, quando experimentou uma Yamaha M1 modelo 2019 e não poderá fazê-lo novamente até o início do próximo ano.
Para completar, a vaga restante na equipe Petronas-Yamaha parece destinada a Valentino Rossi. Apenas um problema nas negociações com o italiano ou com Franco Morbidelli poderia abrir as portas da equipe satélite a Lorenzo.