A Honda precisa mesmo do retorno de Marc Márquez. Apesar dos esforços para melhorar a moto, a fabricante japonesa vive, em 2021, o seu pior início de temporada na história.
Foram apenas 18 pontos conquistados, todos por Pol Espargaró e Stefan Bradl da equipe oficial. Enquanto isso, Alex Márquez e Takaaki Nakagami (LCR-Honda) permanecem zerados, o que deixa a marca em último no campeonato de construtores.
Ironicamente, o melhor piloto foi aquele com menos experiência sobre a moto, Pol Espargaró. O espanhol, que conheceu a RC213V no início de março concluiu a primeira etapa em um encorajador 8º lugar, mas foi apenas 13º na segunda somando 11 pontos.
Stefan Bradl, o piloto de testes da Honda, que substitui Marc Márquez desde o ano passado e conduziu os testes de inverno, concluiu as duas etapas em Losail na mesma posição, 14º, o suficiente para somar apenas sete pontinhos.
Na LCR-Honda, tanto Márquez como Nakagami caíram na primeira etapa. Na segunda, o espanhol voltou a sentir a aspereza do asfalto de Losail, enquanto que o japonês até conseguiu cruzar a linha de chegada, mas em 17º a longínquos 16s do vencedor.
Isso deixa a equipe satélite da Honda em último, atrás da Petronas-Yamaha, que também não teve o início de temporada que esperava, e empatada com a Tech3 KTM, outra que volta para a Europa zerada em pontos.
Na mesma situação no ano passado (após as duas primeiras etapas sediadas em Jerez), a Honda estava em situação melhor: foram 34 pontos somados por Nakagami, Márquez e Cal Crutchlow, ou seja, quase o dobro de agora.
É preciso ressaltar que Losail é historicamente um circuito ruim para a Honda, com apenas uma vitória somada em 2014. Com o retorno do Márquez confirmado para o GP de Portugal, o campeonato para os japoneses pode estar começando apenas agora.