Valentino Rossi convocou a imprensa no circuito de Spilberg hoje (5), palco do GP da Estíria de MotoGP para anunciar que vai parar de correr ao final da temporada 2021.
Em uma conferência de imprensa exclusiva, que gerou muita apreensão durante toda a manhã, Rossi disse que tomou sua decisão durante as férias de verão. A MotoGP volta às atividades nesse final de semana, com o GP da Estíria, no circuito Red Bull Ring, na Áustria.
“Como havia dito no início do ano, tomei a minha decisão durante as férias de verão. E decidi parar no final da temporada”, anunciou Rossi com a voz visivelmente embargada. “Infelizmente essa será minha última temporada como piloto de MotoGP. É difícil dizer que não vou correr na próxima temporada, tenho feito só isso nos últimos 30 anos, mas no próximo ano minha vida terá uma grande mudança.”
“Eu queria continuar no começo da temporada, mas eu queria ver se era rápido o suficiente“, completou Rossi. “Mas após algumas corridas comecei a pensar. E no final o que importa são os resultados“, admite. “Mas, enfim, foi ótimo, uma grande carreira, agradeço a todos que me acompanharam. Não tenho muito mais a dizer além disso”, completou.
Sobre correr em sua própria equipe, a Aramco VR46, Rossi afirma que pensou a respeito: “Tinha uma oferta da minha própria equipe [risos]. Pensei mesmo em continuar, porque adoro correr. Temos grandes equipes na Moto3 e Moto2, um pessoal que conheço desde as 250cc, seria fascinante, mas no final decidi que não, porque seria uma grande mudança, mudar de moto, então decidi que não.“
Mesmo assim, Rossi afirma que não vai se tornar empresário (como outros pilotos) e deve continuar pilotando em 2022, mas de carros: “devo continuar pilotando com carros. Não não estou anunciando nada a esse respeito, mas é o que devo fazer“, aponta. “Não devo correr apenas por diversão, quero ser competitivo. Então, ainda preciso ver o meu nível. Se for, posso fazer uma 24 Horas de Le Mans, ou algo assim“, revelou.
Valentino Rossi tem 42 anos e compete no Campeonato Mundial desde 1996. Em 2000, já bicampeão mundial nas 125cc e 250cc, ingressou nas 500cc (que passou a se chamar MotoGP em 2002) conquistando mais sete títulos. O italiano acumula 363 largadas, 89 vitórias, 55 poles e 76 melhores voltas, o segundo piloto mais bem sucedido da história, atrás apenas do conterrâneo Giacomo Agostini.