A União Europeia (UE) anunciou ontem (30) uma lista com 15 destinos de viagem considerados como “seguros”. A Malásia não está nesta lista assim como os EUA e Brasil. Isso significa que dificilmente novas etapas serão incluídas no calendário 2020 da MotoGP e a participação de certos pilotos, como Eric Granado fica ameaçada.
A partir de hoje (1º), a Europa reabre suas fronteiras para cidadãos de 15 países de fora da UE. Os escolhidos foram Argélia, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano, que não fazem parte da UE, serão tratados como residentes do bloco e terão trânsito livre. A China está na lista, mas com a condição de que também permitam a entrada de todos os cidadãos da UE – sem quarentena. Esse compromisso ainda está pendente, pois novas infecções apareceram nos últimos dias.
Os critérios da UE para a escolha foram baseados em fatores científicos e exigem que a taxa de infecção no país visitado seja suficientemente baixa (menos de 16 pessoas por 100.000 habitantes), haja uma tendência de queda nos casos e que os regulamentos de “distanciamento social” estejam em um nível adequado.
É por isso que países de fora da UE, como Reino Unido, Suíça, Islândia e Noruega também foram automaticamente classificados como “seguros”. Por outro lado, EUA, Brasil, Rússia e Malásia não estão incluídos. Além disso, a República Tcheca publicou sua própria lista que considera apenas oito países seguros.
Tudo isso terá consequências diretas para a temporada 2020 de MotoGP. O novo calendário provisório divulgado no início de junho prevê 13 etapas, sete delas na Espanha e todas na Europa. Mas a classificação da República Checa pode trazer complicações ao GP programado para acontecer em 9 de agosto.
Ao contrário de Alemanha, Austrália, Japão e Reino Unido que, apesar de liberados, já optaram por desistir de suas etapas em 2020, os GPs dos Estados Unidos, da Argentina, da Tailândia e da Malásia seguem em modo de espera. Com exceção da Tailândia, todos foram classificados como “não seguros”, o que torna a sua realização ainda mais improvável.
E não é só isso. As restrições de viagem colocam um empecilho a diversos membros das equipes, além dos pilotos oriundos desses países classificados como “inseguros”. O exemplo mais evidente é o nosso Eric Granado, que agora tem a sua participação na MotoE ameaçada. Por isso, Carmelo Ezpeleta e a Dorna correm contra o tempo para conseguir autorizações especiais.
“Estamos tentando obter vistos especiais para a Europa para todos os membros das equipes e pilotos“, disse o dirigente ao diário alemão Speedweek hoje. “Também precisamos obter autorizações de viagem para alguns cidadãos dos EUA“. A primeira etapa está marcada para acontecer em Jerez, em 19 de julho.