A equipe Repsol Honda apresentou hoje (22) suas cores para a temporada 2023 de MotoGP. As maiores novidades são a chegada do campeão de 2020 Joan Mir e uma RC213V bastante modificada.
A apresentação aconteceu em Madri, capital da Espanha, onde a petrolífera Repsol possui a sua sede e trabalha em estreita colaboração com a Honda Racing Corporation (HRC). A parceria de 29 anos já acumula 15 campeonatos mundiais, 183 vitórias e 454 pódios na categoria rainha.
Mas os tempos são outros, de vacas magras, por isso mudanças foram feitas, a começar pelo livery das motos. As cores são as mesmas, laranja, branco e vermelho, porém em uma distribuição mais homogênea. As rodas, que eram laranja, foram pintadas de vermelho.
Depois de uma complicada temporada 2022 – interrompida para a realização de uma quarta cirurgia no braço direito, Marc Márquez parece estar bem mais em forma para 2023. O octacampeão participou dos testes de Sepang normalmente e se mostrou – oficialmente muito otimista.
“A moto parece ótima novamente este ano! Estou realmente ansioso para rodar com as cores da Repsol Honda novamente no Teste de Portugal. É muito bom estar aqui com toda a família Repsol que está comigo e com a equipe há tanto tempo. Será um teste importante em Portimão, pois temos algum trabalho a fazer, mas os engenheiros têm trabalhado muito no Japão. Estou ansioso para continuar trabalhando e começar esta temporada, estou me sentindo em forma e pronto para correr“, disse.
Márquez terá um novo companheiro de equipe, o quarto em cinco anos. Dessa vez, o escolhido foi Joan Mir, espanhol que foi campeão pela Suzuki em 2020 com apenas uma vitória na temporada. O piloto de 25 anos encara primeiramente o desafio de domar a temida RC213V.
“É incrível vestir pela primeira vez as cores completas da Repsol Honda e mostrar a última versão da Honda RC213V. É uma honra fazer parte desse time icônico e meu foco é entregar os melhores resultados possíveis, o que se espera quando você entra em um time como esse. Já fizemos bons progressos em Sepang e ainda temos tempo para nos preparar em Portugal, continuamos a trabalhar e a melhorar“, disse Mir que ficou apenas um décimo atrás de Márquez em Sepang.
Junto com Mir, a Honda contratou da Suzuki os serviços do Diretor Técnico Ken Kawauchi, além da fabricante alemã Kalex para desenvolver o braço oscilante. O escapamento voltou a ser fornecido pela Akrapovic e não pela SC-Project, como nos últimos anos.
Estruturalmente, a RC213V continua a mesma, com um motor V4 envolto em um chassi de dupla viga de alumínio, assim como o braço oscilante. Entretanto, a carroceria está muito mais trabalhada, com novas asas na frente e atrás, além de uma corte na parte inferior da carenagem para gerar efeito-solo.
Nos testes de Sepang, Márquez testou quatro protótipos diferentes mostrando-se (fora dos microfones) bastante insatisfeito com todos. O espanhol ficou apenas em décimo a 0s7 da volta mais rápida estabelecida por Luca Marini (Ducati). Os testes de Portimão acontecem entre 11 e 12 de março.