Além da disputa na pista, as etapas no circuito Motorland de Aragão, na Espanha, carregam a expectativa da renovação entre a Repsol e a Honda, parceria de 25 anos que se encerra no fim do ano e ainda não foi concretizada.
De acordo com o diário alemão Speedweek, a Repsol poderia aproveitar a temporada fracassada da Honda em 2020 para se retirar. O problema é que a marca japonesa tem outras parcerias com empresas de lubrificantes, como Shell e Castrol que relutam em colocar cartazes com publicidade da Repsol nas suas empresas.
Outro entrave para a renovação é a Red Bull. A marca de energéticos é patrocinadora principal da KTM e secundária da Honda (30%). Eles gostariam de aumentar o seu espaço na marca japonesa, já que Marc Márquez é um de seus principais atletas. Isso, inclusive, faria com que a empresa deixasse de patrocinar a Tech3.
Mas, segundo o Motorsport.com, a empresa petrolífera espanhola está pronta para continuar desempenhando o papel de patrocinadora principal da equipe oficial Honda até o fim da temporada 2022. O valor previsto para a cota de patrocínio é entre 12 e 14 milhões, consideravelmente inferior aos anteriores, graças as incertezas da pandemia.
Honda e Repsol são parceiras na Categoria Rainha desde 1995. Juntas, elas já acumulam 15 títulos mundiais, com Mick Doohan, Alex Crivillé, Valentino Rossi, Nicky Hayden, Casey Stoner e Marc Márquez. O último contrato, firmado em 2018, encerra-se em 31 de dezembro de 2020.