As asas estão proibidas na MotoGP, mas isso não impediu as equipes de usá-las disfarçadamente ou nem tanto como nos últimos testes. Mas a farra deve definitivamente acabar em 2019, quando novas e mais precisas definições devem ser escritas.
Nos primeiros testes pré-temporada realizados em Sepang, na Malásia, todas as equipes testaram apêndices aerodinâmicos. Alguns melhor integrados à carenagem, como no caso da Suzuki outros descaradamente aparafusados na Yamaha, declarados depois como “ilegais”.
Ilegais ou não, o fato é que a proibição das asas no ano passado teve poucos efeitos práticos. Em linhas gerais, foi determinado na época que nenhum apêndice aerodinâmico poderia ser aparafusado à carroceria da motocicleta. A solução das equipes foi incorporá-las à carenagem, como parte integrante do conjunto. Em 2017, ainda de forma muito sutil. Em 2018, consideravelmente mais exuberantes.
“O conceito que imaginamos não funcionou. A guerra continua e não gostamos disso“, confessou o Diretor Técnico da MotoGP, Danny Aldridge ao GPone. “não tenho permissão para controlar as entradas de ar e os buracos“, explica sobre as brechas utilizadas pelas equipes. “Antes da primeira etapa precisamos saber quais são as peças removíveis ou não“, conta.
Aldridge também admite que pouca coisa pode ser feita ainda em 2018: “o regulamento para esse ano já está definido, mas pensamos em propostas para 2019” , revela. “Temos que definir os parâmetros com mais precisão. Queremos definir o tamanho máximo, a largura e a altura máximas e assim por diante“, continua.
“Não somos contra a evolução aerodinâmica, desde que não brinque com segurança e com custos razoáveis” disse Corrado Cecchinelli, Diretor de Tecnologias da MotoGP. “A regra de 2019 deverá enfatizar melhor ambos os tópicos. Vamos escrever alguns artigos que descrevem formas bem definidas”, revelou. “Para a questão dos custos, também apresentamos um parágrafo que impõe, mesmo com carenagens constituídas por várias peças, apenas uma evolução por ano”, avisou.