Nas últimas horas surgiram fortes especulações de que Pol Espargaró já teria firmado um compromisso com a equipe Honda de fábrica em 2021. O espanhol, líder da KTM assumiria o posto de Álex Márquez, que tem contrato de apenas um ano.
As informações foram ventiladas pela primeira vez pelos canais Sky Sport Itália e Motorsport.com, onde afirmam que o mais novo dos irmãos Espargaró tem conversado com a Honda há semanas, já que seu contrato com a KTM, em atividade desde 2017, também se encerra ao término de 2020.
De fato, Espargaró e Honda trocaram curiosos elogios nas últimas semanas. “A Honda é uma motocicleta que pode ser semelhante à KTM, é uma opção que eu poderia contemplar se surgisse a oportunidade“, disse o espanhol em uma ocasião. “Estamos em um momento de negociação com todas as marcas, existem posições limitadas e todos os pilotos sem contrato negociam para melhorar suas posições“.
Questionado a respeito, o chefe da HRC, Alberto Puig não confirma nem desmente: “A HRC está sempre pensando no presente e no futuro de suas estruturas, das categorias mais baixas à MotoGP“, disse ao site da MotoGP. “Dadas as circunstâncias em que estamos, esta temporada não está se desenvolvendo nos canais usuais, mas isso não significa que a Honda parou de planejar o melhor futuro possível para todos os seus pilotos. Não temos contratos assinados com ninguém que não foi anunciado“, esclarece.
Álex Márquez, no entanto, não ficaria sem montaria. O irmão mais novo de Marc Márquez seria reposicionado na LCR-Honda, equipe satélite dos japoneses, que atualmente conta com Cal Crutchlow e Takaaki Nakagami. O piloto inglês, contudo, está lá desde 2015 e tem falado em aposentadoria.
Pol Espargaró tem sido muito elogiado por seu trabalho no desenvolvimento da KTM. Semelhante à Honda em termos de filosofia de projeto, a motocicleta austríaca tem fama de difícil. No ano passado, o badalado Johann Zarco não conseguiu somar mais do que 30 pontos contra 100 do espanhol, antes de deixar a equipe no meio da temporada.
A contratação também geraria uma situação curiosa na KTM, que pode perder dois pilotos com títulos mundiais: Espargaró, campeão da Moto2 em 2013 e Jorge Martin, campeão da Moto3 em 2018, já praticamente garantido na Pramac Ducati em 2021.