A Federação Internacional de Motociclismo (FIM) vai investigar denúncias de que pilotos teriam violado as regras de testes durante a pré-temporada estendida de 2020. Entre os principais está o piloto da Petronas-Yamaha, Fabio Quartararo.
Com o relaxamento das medidas de segurança na Europa, os pilotos puderam voltar a treinar em autódromos, ao mesmo tempo em que as equipes com concessões, como KTM e Aprilia realizaram testes privados preparatórios a que tem direito pelo regulamento.
Essa medida, que visa nivelar a MotoGP, não permite que marcas que venceram corridas e atingiram um certo número de pódios (como Honda, Yamaha e Ducati) façam o mesmo. Os pilotos, é claro, não ficaram parados e também realizaram treinos com motos de rua.
Alex Rins, por exemplo, andou em Montmeló com uma Suzuki GSX-R1000. O mesmo fez Johann Zarco com uma Ducati Panigale V4S. Fábio Quartararo teria andado com uma Yamaha YZF-R1 GYTR no circuito de Paul Ricard, essa semana.
A investigação gira em torno do uso de certas motos em dias ou testes particulares. As regras atuais enfatizam que esses pilotos não podem pilotar máquinas que tenham algo relacionado à MotoGP ou WorldSBK.
Embora algumas alterações de segurança possam ser feitas em “motocicletas padrão de produção com homologação de estrada” para treinamento, elas devem ser notificadas ao diretor técnico com antecedência.
Quartararo, por exemplo, teria ido longe demais, ao pilotar uma Yamaha R1 GYTR, uma máquina de pista preparada para competir no Mundial de Endurance (EWC) e já bem distante da R1 convencional das concessionárias.
“As audiências para os pilotos que possam ter violado as regras devem ser agendadas para o Grande Premio Red Bull de España de 2020, no Circuito de Jerez-Angel Nieto, a fim de ouvir as partes envolvidas e permitir mais tempo para investigar o caso com mais detalhes“, disse a FIM em uma declaração. A corrida acontece em 19 de julho.