Nessa época começa a movimentação de contratos para a temporada 2023 de MotoGP. Alguns pilotos estão com suas posições seriamente ameaçadas, como Jack Miller, Pol Espargaró, Maverick Viñales e agora Joan Mir e Alex Rins.
O contrato atual deles termina no fim de 2022 e agora há um agravante: a provável saída da Suzuki da Categoria Rainha o que, em outras palavras, significa que haverá duas motos de fábrica a menos na próxima temporada. Pode sobrar piloto e faltar montaria. Veja a situação atual por equipes.
Repsol-Honda
Na equipe mais forte do campeonato, Marc Márquez está garantido até o fim de 2024 graças a um contrato de longa duração assinado no começo de 2020. Já o acordo de Pol Espargaró, por outro lado, é de dois anos e encerra em dezembro. Especula-se que Joan Mir e Jorge Martin podem ocupar seu lugar.
LCR-Honda
Na equipe satélite da Honda, tanto Alex Márquez quanto Takaaki Nakagami vem decepcionando. O espanhol pode ser substituído por Jack Miller, que voltaria após uma breve passagem em 2015, e o japonês pelo compatriota Ai Ogura, que acaba de vencer o GP da Espanha de Moto2.
Monster Yamaha Team
Apesar das tensões e farpas nos últimos meses, Fabio Quartararo parece ter se acertado com a Yamaha e deve assinar um novo contrato de dois anos até junho. Franco Morbidelli tem contrato até o final de 2023. “E vamos cumpri-lo”, assegurou Lin Jarvis, diretor administrativo da Yamaha Motor Racing, quando perguntado pelo Speedweek.
WithU Yamaha
Na recém formada equipe satélite da Yamaha, Andrea Dovizioso ocupa apenas as últimas posições e deve encerrar a carreira ao final do ano. Mas o patrocinador WithU exige a presença de um italiano e Celestino Vietti é favorito. Na segunda moto, Darryn Binder pode ser substituído por Raul Fernandez ou Toprak Razgatlioglu do WorldSBK.
Ducati
Na equipe de fábrica da Ducati, Pecco Bagnaia tem contrato garantido até 2024. O de Miller, por outro lado, encerra-se ao término do ano e o australiano tem sua vaga ameaçada por Enea Bastianini (Gresini) e por Jorge Martin (Pramac), ambos correndo em equipes satélite da marca italiana.
Pramac
Na principal equipe satélite da Ducati, Johann Zarco e Jorge Martin estão atualmente sob contrato. É possível que essa dupla dure até 2023. Mas o espanhol, altamente bem cotado, pode ser levado ao time de fábrica. Isso para não mencionar a Repsol Honda, que já demonstrou interesse pelo piloto.
Gresini
Recém formada, a equipe de Fausto Gresini tem Enea Bastianini e Fabio Di Giannantonio sob contrato. Mas “Bestia” está indo tão bem (o único com duas vitórias) que pode ser promovido ao time de fábrica da Ducati em 2023, passando na frente de Jorge Martin.
VR46
Luca Marini está em seu segundo ano com uma moto da equipe e tem sido ofuscado pelo companheiro Marco Bezecchi. Mas não esqueçamos que ele é irmão de Valentino Rossi. Ambos devem continuar em 2023. A única ameaça é a ascensão de Celestino Vietti na Moto2.
KTM
Na equipe de fábrica da KTM, Brad Binder tem contrato até final de 2024. O de Miguel Oliveira encerra-se esse ano, mas o piloto português deve continuar. “Queremos continuar com a atual dupla de pilotos”, disse o diretor da KTM, Pit Beirer em Jerez. Na Áustria eles gostam de contar com pilotos feitos por eles mesmos.
Tech3 KTM
A mesma lógica vale para a equipe satélite da KTM, Tech3. Embora Remy Gardner e Raul Fernandez estejam penando para pilotar a RC16, ambos devem continuar, pelo menos até 2023. Mas, com o fim da Suzuki, pilotos como Alex Rins podem bater na porta de Hervé Poncharal.
Aprilia
Quase um ano após a chegada surpresa de Maverick Viñales, a Aprilia tem uma vitória no bolso, mas não com o campeão da Moto3 e sim com o “operário” da equipe, Aleix Espargaró. Quem diria! O piloto de 32 anos é chave no crescimento da RS-GP e já está negociando sua continuidade em 2023. Enquanto isso, o “Top Gun” não tem contrato garantido para o próximo ano e pode muito bem ser substituído por Rins.