Pela primeira vez desde que ingressou na KTM, Dani Pedrosa admite a possibilidade de fazer uma participação curinga (WildCard) na MotoGP. O espanhol, no entanto, só fará isso se a marca austríaca pedir.
Pedrosa pendurou o capacete no fim da temporada 2018 para dedicar-se como piloto de testes da KTM em tempo integral. Desde então, suas opiniões tem sido consideradas fundamentais no visível progresso da equipe. Algo que poderia ficar ainda melhor com uma participação do tricampeão em uma corrida.
“A princípio, neste momento, digo que não, não porque não há corridas, mas porque não é o objetivo do projeto“, disse Pedrosa em uma rara entrevista ao canal DAZN durante o seu confinamento na Suíça. “Mas se for considerado, em um momento, benéfico para o projeto, será discutido“.
Colocar o piloto de testes para fazer participações curinga é um macete comum na MotoGP. A Ducati regularmente inscreve o seu testador Michele Pirro em algumas provas, principalmente italianas. A Honda faz o mesmo com Stefan Bradl que está sempre pronto para alguma eventualidade.
Mesmo assim, Pedrosa tem dúvidas sobre a utilidade de uma participação solo em alguma etapa. “Testes são muito melhores, porque você tem o dia todo e, no final, chega a uma conclusão, que define o tom para uma maior evolução“, explica. “Uma corrida é tão específica e é vital estar nas mesmas condições de todos os outros, ter os mesmos pneus dos outros, as mesmas marchas, porque, se não, você não entende as informações“.
Pedrosa também comentou sobre os problemas de Jorge Lorenzo na Honda: “Não achava que teria tantas dificuldades. Se eu tivesse pulado da Yamaha para a Honda, talvez seria algo mais normal, porque você vem de uma motocicleta muito mais tranquila”, comparou. “Mas vindo da Ducati, que é mais física e precisa pilotar de forma mais agressiva esperava que a troca não fosse tão diferente, o que faz você pensar que talvez a Ducati seja outra motocicleta, mais maleável”.