Apesar dos recentes cancelamentos dos GPs da Alemanha, Holanda e Finlândia, o CEO da MotoGP, Carmelo Ezpeleta deu notícias positivas aos fãs da Categoria Rainha. O dirigente acredita que as corridas podem recomeçar no fim de julho.
Ezepeleta deu uma pequena entrevista em vídeo no site oficial da MotoGP, onde comentou os motivos para os mais recentes cancelamentos devido à pandemia de Coronavírus, que atingiu em cheio a Europa a partir do início de março.
“Anunciamos o cancelamento de três GPs: Alemanha, Holanda e Finlândia. O motivo é que estamos pensando em recomeçar no fim de julho, mas, dada a situação e com as autoridades locais, será difícil competir com público“, explicou. “Mas um Grande Prêmio sem público é muito difícil de fazer. É por essa razão que decidimos, com os três promotores locais, deixar os eventos para o próximo ano em vez de estipularmos novas datas“.
Depois, Ezpeleta explica o plano da Dorna de recomeçar as atividades com corridas sem público a partir do final de julho até o final de novembro, se a propagação do vírus tiver diminuído até lá e as regras de isolamento de cada país estiverem menos rígidas.
“Nossa ideia é começar no final de julho. Quando e onde ainda precisa ser decidido“, admite. “Nossa ideia é começar na Europa do final de julho até novembro e depois ver o que acontecerá no resto do mundo, se as corridas fora da Europa serão possíveis após novembro. Na pior das hipóteses, se não for possível viajar para fora do continente, pelo menos teremos um campeonato de 10 ou 12 corridas entre o final de julho e o final de novembro“.
Nas últimas semanas, a Dorna mandou uma carta para as equipes perguntando quantas pessoas seriam necessárias para realizar uma corrida. Além disso, eles encomendaram cerca de 10 mil testes rápidos visando um novo protocolo de checagem, conforme explica agora.
“O que estamos fazendo é criar um protocolo, que é a maneira como trabalhamos na Dorna, para realizar corridas sem espectadores e com um número limitado de pessoas no paddock. Em termos de transporte, acomodação, hospitalidade… todos serão testados quando saírem de casa e novamente quando chegarem ao circuito e novamente quando voltarem para casa. Essa é a ideia“.
Para chegar ao patamar mínimo de dez corridas por ano, Ezpeleta admite que ele e seus colegas estejam considerando a possibilidade de realizar duas ou mais etapas no mesmo circuito, como já é feito no Mundial de Superbike.
“Também estamos considerando isso. Não durante o mesmo fim de semana de corrida, mas poderíamos ter dois fins de semana consecutivos no mesmo circuito“, explica, antes de dar a sua mensagem final. “Voltaremos e voltaremos mais fortes do que antes. Não estamos trabalhando apenas para 2020, mas também para 2021 e além, tentando manter as corridas, que é a coisa mais importante“.