A Movistar, gigante espanhola das telecomunicações e patrocinadora principal da Yamaha na MotoGP pode deixar a equipe ao término dessa temporada. Sem uma substituição à altura, o time de Valentino Rossi e Maverick Viñales pode ter um corte no orçamento.
A possibilidade foi levantada pela imprensa europeia, argumentando que o contrato da Movistar com a Yamaha encerra-se ao final de 2018, assim como o acordo da empresa espanhola com relação aos direitos de transmissão da MotoGP.
Presente na Yamaha desde 2014, a Movistar realizou um grande investimento na equipe e na MotoGP, apostando no Pay-Per-View. Contudo, não é segredo que o formato não fez um grande sucesso na Espanha, com os números de audiência ficando bem abaixo da expectativa.
Além disso, os investimentos realizados na Yamaha não tem resultado em grandes resultados: o último título aconteceu em 2015 com Jorge Lorenzo e a última vitória há quase um ano, no Grande Prêmio da Holanda de 2017, com Valentino Rossi.
Embora a saída da Movistar não seja certa, é bem possível que os espanhóis queiram primeiro negociar os direitos televisivos com a Dorna, antes de uma renovação. Caso não haja acordo, existe a possibilidade de que as carenagens da YZR-M1 fiquem vazias em 2019.
Essa não seria a primeira ocasião em que a Yamaha perde um grande patrocinador. Em 2011, com a saída de Valentino Rossi para a Ducati, a marca dos diapasões ficou sem o apoio da Fiat deixando as motos de Lorenzo e Ben Spies com grandes espaços vazios na carenagem.
Para 2019, no entanto, a Yamaha ainda dispõe de alternativas. Uma delas pode ser a Monster, que também ficará sem equipe após a saída da Tech3 para a KTM (e consequentemente para a Red Bull). Além disso, a marca norte-americana mantém um relacionamento de longa data com Rossi.
Não é apenas a Movistar que não está satisfeita com sua exposição na MotoGP. A Sky, que patrocina as equipes VR46 na Moto2 e na Moto3. também ainda não renovou seu contrato com a Dorna, o que significa que as equipes estão em modo de espera sobre os planos para a próxima temporada.
Além da questão com a Movistar, a Yamaha ainda precisa resolver sobre sua equipe satélite. Sem a Tech3, não haverá nenhum outro time parceiro para os japoneses em 2019. Por isso, uma nova estrutura que envolve a equipe de Jorge Aspar Martinez, a petrolífera Petronas e o diretor do circuito de Sepang está sendo montada.