A equipe Repsol Honda confirmou que Marc Márquez foi operado pela terceira vez ontem (3) em Madri, Espanha, para resolver os problemas intermitentes no braço direito. O procedimento cirúrgico levou 8 horas.
De acordo com a declaração oficial, Márquez estava mesmo sofrendo de pseudoartrose, doença que ocorre quando um osso não cicatriza bem após uma fratura. A cirurgia consistiu em retirar a placa anterior para a colocação de uma nova, além de um enxerto ósseo de crista ilíaca, retirado da cintura pélvica.
O canal de TV italiano Sky Sport foi o primeiro a divulgar a viagem de Márquez à Madri. O que a princípio parecia uma simples consulta para decidir se finalmente faria ou não a terceira cirurgia, acabou sendo um processo cirúrgico com duração total de 8 horas. “Eles não o operaram. Ainda não sei se vão operá-lo. Estão analisando ele“, disse o pai do piloto, Juliá ao meio-dia.
Embora ninguém tenha dado uma declaração oficial, diversas fontes médicas indicam que Márquez precisará passar três meses em estado de repouso quase absoluto, o que o exclui automaticamente dos testes de Sepang (19 a 21 de fevereiro) e do Catar (10 a 12 de março). Após este período, são necessários mais três meses de fisioterapia progressiva antes de voltar a pilotar, ou seja, o espanhol provavelmente ainda não estará em condições de correr as três primeiras corridas da temporada 2021.
“Marc tem uma fratura de úmero acima do nervo, desse ponto de vista ele não deveria ter problemas”, disse o Dr. Claudio Costa, que por anos foi o médico chefe da categoria. “Um úmero operado com placa e parafusos leva três meses para cicatrizar, embora às vezes demore para consolidar a fratura e, nesse caso infeliz, ocorre a pseudoartrose“, explica. “Se for apenas um atraso, pode-se esperar um pouco mais de três meses. Mas estamos falando de um piloto que deve estar na pista no final de fevereiro. Se ele for operado agora, dificilmente estaria pronto para os testes do próximo ano. É preciso ter muito cuidado com os tempos de recuperação.”
Apesar de ter passado muitos anos no paddock do Mundial, Costa afirma ter visto poucas lesões como a de Márquez: “É uma fratura muito rara. [O piloto japonês] Noboru Ueda sofreu uma lesão muito semelhante em 1998 e demorou três meses para sarar. É um osso nojento“, reconhece. A expectativa agora é de que Márquez dispute sua primeira corrida no GP da Espanha, em 2 de maio de 2021.