A imprensa espanhola está dizendo que Marc Márquez e sua equipe vão decidir antes de 1º de dezembro se vai ser necessária uma terceira cirurgia no braço lesionado.
De acordo com o jornal El Pais, o úmero fraturado de Márquez não está solidificando como deveria e um novo exame será feito para decidir o que fazer. O espanhol inclusive teria consultado outros ortopedistas na Áustria e nos Estados Unidos.
“A recuperação está mais lenta do que o normal, porque as coisas não foram bem feitas no início”, declarou o representante do piloto, Emilio Alzamora, sobre a decisão de tentar voltar às pistas na segunda etapa da temporada.
Márquez quebrou o braço direito no GP da Espanha em 16 de julho. Operado quase que imediatamente, o octacampeão tentou – com a aprovação dos médicos – competir na semana seguinte, sem sucesso. Logo em seguida uma segunda cirurgia foi anunciada.
A segunda cirurgia foi necessária após um acidente doméstico. Oficialmente, Márquez teria deslocado a placa de titânio ao fazer esforço excessivo para levantar uma janela. Extraoficialmente comenta-se que o esforço feito para tentar pilotar teria deslocado a placa de titânio recém-operada.
Os especialistas afirmam que essa dupla exposição cirúrgica pode ter retardado a formação de calosidades necessárias para a cicatrização do úmero, o que é chamado de “Pseudoartrose Umeral”. A solução? Uma terceira cirurgia para inserir uma nova placa e reforçar o úmero com medula óssea para ajudar na biologia do osso fraturado.
Embora a equipe do piloto não confirme a existência de pseudoartrose (geralmente diagnosticada após seis meses de uma operação), os espanhóis que acompanham o caso de perto dizem que os problemas se multiplicaram após aquela segunda intervenção cirúrgica.
Se uma terceira cirurgia for realmente necessária, o contador de seu retorno às pistas voltaria a zero e o piloto poderia enfrentar até seis meses de convalescência, o que evidentemente prejudicaria bastante a temporada 2021 do piloto e da Honda.