Apesar de a Honda ter feito tempos competitivos nos primeiros testes pré-temporada de Sepang, Marc Márquez ainda se mostra cauteloso quanto ao desempenho do novo e mais potente motor que a marca trouxe ao circuito malaio.
Nos três dias de testes, Márquez anotou apenas a oitava melhor volta, 1min59s382, mais de meio segundo atrás do mais veloz, Jorge Lorenzo com a nova Ducati GP18. Dani Pedrosa, no entanto, mostrou a competitividade da Honda ficando a apenas 0s1 do líder.
“É uma pena que não possamos andar em uma pista com curvas lentas como Jerez. A maioria dos pilotos da Honda preferiram o novo motor, mas tenho dúvidas”, confessou Márquez antes de explicar. “Eu acho que com este tipo de motor, arriscamos o sofrimento [dos pneus] em determinadas pistas com diferentes superfícies de Sepang“, acredita.
Para o hexacampeão mundial, a relação entre potência e desgaste será assunto também nas outras equipes: “Eu acho que a Yamaha e a Ducati também enfrentarão uma situação similar. O nosso motor é competitivo, mas ainda precisa ser melhorado em algumas áreas. Não saberemos se fizemos as escolhas certas ou não até chegar à Europa“, afirmou.
Márquez revelou também que a Honda trouxe duas especificações à Sepang: Tive dois para testar, um com mais potência, outro com torque maior”, contou o espanhol. “Teremos que decidir logo qual utilizar, porque os motores serão selados e será muito tarde no Qatar”, lembrou.
Apesar das ressalvas, Márquez ressalta que está satisfeito: “Nós trabalhamos bem e estou feliz. Concentramo-nos em vários detalhes, com feedback positivo. Então, voltámos a atenção para a aerodinâmica”, disse. “Estamos apenas o começo, temos tempo para melhorar. A Honda também deu um passo importante em termos de aceleração e velocidade máxima. Agora é hora de se concentrar nos pneus e na eletrônica”, encerrou.