A imprensa alemã dá como certa a contratação de Luca Marini pela Repsol Honda e já traz alguns detalhes. O italiano já teria assinado um contrato de dois anos, recebendo três milhões de euros para tentar tirar a fabricante japonesa do buraco.
De acordo com o diário alemão Speedweek, após as negativas de Pedro Acosta, Maverick Viñales, Miguel Oliveira, Aleix Espargaró e Pol Espargaró, os dirigentes da Honda procuraram o empresário de Marini, Francesco Secchiaroli e rapidamente chegaram a um acordo.
Irmão mais novo por parte da mãe de Valentino Rossi, Luca Marini parecia ter um cadeira cativa na equipe VR46. Mas os alemães explicaram a lógica por trás da mudança do piloto de 26 anos, conhecido nos bastidores por sua inteligência tática.
Atualmente em oitavo no campeonato mundial, Marini pode ter pensado que em 2024 será, na melhor das hipóteses, o número 7 na hierarquia da Ducati, atrás de Pecco Bagnaia, Enea Bastianini, Franco Morbidelli, Jorge Martin, Marco Bezzecchi e Marc Márquez.
Além disso, a VR46 falhou em ter uma motocicleta “do ano” em 2024, de modo que mais uma vez terá que se contentar com o modelo do ano anterior, no caso a atual GP23. Por outro lado, Marini terá na Honda sua primeira e talvez única chance de dispor de equipamento de fábrica.
Além disso, de acordo com Marc Márquez, a Honda terá direito a concessões em 2024, de modo que as coisas só podem melhorar para a equipe japonesa. Ficando na VR46, Marini, na melhor das hipóteses, ficaria estagnado, mas corre o risco de ser o piloto mais ofuscado da Ducati.
Realmente tudo faz sentido e Marini provavelmente pilotará pela primeira vez a RC213V no dia 28 de novembro, logo após o término da temporada. Bom para ele e bom para a Honda, que terá dois pilotos vindos da Ducati (também virá Johann Zarco) para colher informações.
Com Marini, Zarco, Joan Mir e Takaaki Nakagami, a Honda claramente terá, em 2024, um ano de transição, onde buscará arrumar a casa com pilotos discretos, sem pretensões de chegar ao título, objetivo este, que ficará para um segundo momento. Dará certo? O tempo vai dizer.