Jorge Lorenzo anunciou hoje (20) que conseguiu retornar à sua casa, em Lugano, na Suíça depois de ficar isolado quase dois meses em um hotel de Dubai, devido à pandemia de coronavírus e ao fechamento de aeroportos.
A volta de Lorenzo à Europa só foi possível graças ao abrandamento do governo de Dubai com o coronavírus, cuja situação parece estabilizada. Antes de embarcar em um dos poucos voos disponíveis, o espanhol contou mais sobre a sua estadia lá em um momento crítico como esse.
“A viagem estava planejada há mais de um mês. Alguns dias antes do voo, eu disse: ‘vamos ou não vamos?’. No final, decidi ir porque achava que em um lugar quente, e que o vírus ia ser menor ou menos perigoso. Quando cheguei em Dubai existiam apenas 50 casos, enquanto na Europa já havia 5.000 ou 10.000”, explicou. Hoje, os Emirados Árabes contabilizam cerca de 4.500 casos.
Lorenzo viajou para Dubai com outras três pessoas para realizar compromissos promocionais. “Eu pensei ‘bem, aqui vou ficar melhor’ e como havia poucos casos e eu não sabia muito sobre isso realizamos algumas atividades, fomos a alguns restaurantes”, confessou. “Mas eu não estava mais confortável em realizar tantas atividades. Quando as coisas começaram a ficar complicadas, eu disse ‘vamos ficar aqui no quarto'”.
Com seu conhecido jeito analítico, Lorenzo afirma que dedica 10 minutos de seu dia pesquisando formas de como evitar o contágio do vírus: “partindo do pressuposto que somos muito ignorantes sobre [esse assunto] de modo geral, temos que tentar viver com menos ignorância“, ponderou.
O pentacampeão também alerta para que as pessoas não ignorem o Coronavírus: “Se houve tanto barulho, é porque esse vírus é realmente poderoso e não é um absurdo. Ouvimos relatos de quem pegou e eles falaram que é terrível. E isso de que só morrem idosos não é inteiramente verdade. Tem gente entre 30-40 anos, sem muitos problemas de saúde que também faleceram”, alerta.