A KTM apresentou ontem (18) a equipe oficial e satélite (Tech3) para a temporada 2020 de MotoGP. Com diversas mudanças na moto, eles esperam brigar por pódios.
A marca austríaca trabalhou bastante no protótipo RC16, que agora conta com um novo chassi, pela primeira vez não totalmente tubular em sua curta história na MotoGP. Com duas vigas retangulares em sua seção superior, a peça está sendo chamada de híbrida.
A aerodinâmica também foi totalmente esculpida no túnel de vento e contém soluções inéditas, como uma espécie de serrilhado nas laterais da carenagem para diminuir a turbulência. O motor de quatro cilindros em V pode produzir alegados 265 cv, praticamente o mesmo de Honda e Ducati.
“2020 está prestes a começar e eu diria que estamos exatamente onde esperávamos estar“, disse o chefe da equipe Pit Beirer. “Temos tudo em um roteiro e o seguimos com o apoio total da empresa. No ano passado, trabalhamos com a equipe satélite e quatro pilotos que forneceram um feedback valioso e os grupos se estimularam mutuamente, mas, ao mesmo tempo, nos levaram ao limite de recursos e ao topo onde estamos agora.“
O quadro de pilotos também foi reformulado. Pol Espargaró “passou no teste” contra o ilustre ex-companheiro Johann Zarco e agora ostenta a condição de primeiro piloto. No lugar do francês, a KTM optou por promover Brad Binder, sul-africano campeão da Moto3 com a equipe em 2017 e que estava na Moto2.
Enquanto isso, o português Miguel Oliveira ficou na Tech3 e terá um novo companheiro de equipe. Sai o malaio Hafizh Syahrin e entra Iker Lecuona, espanhol de apenas 20 anos que estava na Moto2 e é considerado uma enorme promessa.
“Pol traz muito para este projeto e conhecemos Brad Binder muito bem, e é uma ótima história termos nosso próprio campeão mundial de Moto3 agora competindo na MotoGP“, comentou Beirer. “Miguel definitivamente colocará os pilotos de fábrica sob pressão este ano e temos uma grande fé no Iker que já nos impressionou“.
A marca ainda tem o apoio dos pilotos de teste, ambos ex-pilotos: Mika Kallio e Dani Pedrosa, que fez alguns tempos impressionantes nos testes coletivos de Sepang, no início do mês. A melhor volta do espanhol foi apenas 0s313 acima da melhor estabelecida por Fabio Quartararo (Petronas Yamaha).