A KTM apresentou hoje (30) as suas equipes para a temporada 2025 de MotoGP. Dessa vez, tanto o time de fábrica, quanto a satélite Tech3 correrão com a mesma pintura, quatro motos iguais para Brad Binder, Pedro Acosta, Enea Bastianini e Maverick Viñales.
Desde que passou a integrar a Tech3 como equipe satélite, a KTM procurava criar uma pintura especial para diferenciá-la da oficial. Nos últimos anos, inclusive, eles correram com a marca GASGAS. Em 2025, no entanto, eles decidiram passar uma maior noção de unidade. O principal patrocinador continua a ser a Red Bull.
Na equipe de fábrica, como se sabe há muito tempo, a dupla será formada por Brad Binder e Pedro Acosta. Em sua temporada de estreia em 2024, o espanhol de 20 anos conquistou nove pódios (em Grandes Prêmios e Sprints) e assegurou facilmente o título de novato do ano.
“2024 foi definitivamente um bom ano e aprendi muito. Mudar para a equipe de fábrica foi a realização de um sonho”, enfatizou Acosta. “Ter Brad como companheiro de equipe e ajudar no desenvolvimento da moto será emocionante. Ajudará o fato de ele ter muita experiência e acho que nos encaixaremos bem. Os dois pontos mais importantes para 2025 serão a qualificação e as primeiras voltas da corrida. No ano passado vimos que tínhamos ritmo para lutar por pódios ou vitórias, mas tivemos dificuldades na qualificação. Portanto, essas duas áreas serão as mais importantes que precisamos melhorar.”
Binder, que até o ano passado tinha uma reputação imaculada, passou seu primeiro ano sem nenhuma vitória na MotoGP e sentiu a pressão do novato Acosta. O sul-africano quer dar mais um passo a frente nessa que será a sua sexta temporada na Categoria Rainha.
“É uma loucura que esta já seja a minha sexta temporada na MotoGP. Para ser sincero, 2024 foi provavelmente o ano em que mais aprendi. Sinto que me tornei um piloto muito melhor”, afirma Binder. “O meu objetivo para esta temporada é implementar o que aprendi e dar um passo em frente para lutar com os caras no topo. Não estamos longe. Conquistamos o segundo lugar no campeonato de construtores, então ainda temos mais um pela frente. Quando vejo o quanto as pessoas na fábrica estão trabalhando e quanta energia existe nos bastidores, fica claro que podemos fazer isso.”
As maiores novidades estão na garagem da Tech3. Além de deixarem para trás o vermelho da marca GASGAS, o time de Hervé Poncharal tem dois pilotos novos, porém muito experientes: Enea Bastianini, trazido da Ducati; e Maverick Viñales, que veio da Aprilia.
“Estou muito curioso para esta temporada, temos que manter a calma no início porque é importante compreender a moto e a equipe”, sublinhou Bastianini. “Mas estou motivado e penso que podemos ser competitivos a partir da terceira ou quarta corrida. Quando experimentei a moto, compreendi todo o seu potencial.” O italiano caiu forte no primeiro teste em novembro.
“É muito bom usar as cores da Red Bull KTM. Desde criança, vi as motos no motocross e nas corridas – por isso é uma equipe dos sonhos para mim”, disse Viñales. “No primeiro ano ao mudar para uma moto nova é preciso estar sempre focado. Cada vez que você vai para uma nova pista é uma experiência completamente diferente dos anos anteriores, então você tem que estar aberto e muito focado. O bom é que me sinto em casa na KTM. É uma moto que gosto e que combina com meu estilo de pilotagem.”
Nada foi falado sobre a grave crise financeira que atravessa a KTM, agora em condição de insolvência. Na reunião de 20 de dezembro, a junta administrativa optou por encerrar o programa de MotoGP assim que possível, embora a temporada 2025 esteja garantida.
Nos testes coletivos de Barcelona, a KTM já se mostrou bem mais comedida do que nos últimos anos, com pouco material novo para testar. a equipe volta para a pista nessa sexta-feira (31) com os pilotos de teste, Dani Pedrosa e Pol Espargaró, no Shakedown em Sepang.



