Andrea Iannone torce para que o presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), Jorge Viegas exerça pressão para que sua pena antidoping seja reduzida. O português deu declarações favoráveis ao piloto italiano em um recente programa televisivo.
Viegas concedeu uma entrevista a uma matéria especial sobre Iannone feita pelo programa “Le Iene” transmitido pelo canal italiano “Italia 1” no qual eles relatam seu caso. O presidente da FIM se mostrou claramente compreensivo com a situação do piloto italiano.
“Se dependesse apenas de mim, eu proporia reduzir a pena, mas a WADA decidiu que serão quatro anos e não há nada que possamos fazer”, diz Viegas no documentário. A WADA é a Agência Mundial Antidoping, uma organização independente liderada pelo Comitê Olímpico Internacional, responsável por julgar casos de doping.
Iannone teve a sua permissão de pilotagem suspensa em dezembro de 2019 após um teste antidoping realizado após o GP da Malásia daquele ano acusar positivo. Foi observada a presença de drostanolona, um anabolizante utilizado por fisiculturistas na urina do italiano.
O então piloto da Aprilia passou o ano de 2020 nos tribunais onde recorreu até ao órgão máximo, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) sem sucesso. Longe das pistas, Iannone abriu um restaurante em Lugano, na Suíça, e segue insistindo na sua inocência.
“Gosto do que ele disse e sei muito bem como ele pensa“, disse Iannone sobre as declarações de Viegas. “Ele sempre reiterou que acredita na minha inocência. Espero que como presidente da FIM, de todos os pilotos e do nosso esporte, ele faça algo por mim.O que aconteceu comigo pode acontecer com outro amanhã, é uma ameaça incrível. Não podemos permitir que a WADA tenha esse poder contra o qual você não pode lutar“, insistiu.
“Iannone pagou as consequências de uma situação política muito questionável. Você tem que tomar drostanolona regularmente se quiser obter qualquer resultado. A WADA realmente fez lobby para pedir a pena máxima de Iannone“, disse Pascal Kintz, um dos toxicologistas que defendem Iannone. “É algo que torna você menos ágil e mais pesado. Achei que fosse algum tipo de piada”, lembrou o italiano no documentário. O piloto disse que vai comparecer ao GP da Itália nesse final de semana.