Com apenas 52 pontos somados após três etapas, a equipe Honda tem o seu pior início de temporada desde 2015. Aquele foi o único ano em que Marc Márquez não conseguiu conquistar o título desde que chegou à MotoGP.
Naquela temporada, Márquez, Dani Pedrosa e Hiroshi Aoyama (que substituiu Pedrosa em algumas etapas) somavam apenas 51 depois da terceira etapa do ano. Quadro semelhante só havia sido visto em 2005, quando Max Biaggi e Nicky Hayden anotaram os mesmos 52 pontos de agora.
A situação atual, no entanto, é considerada pior. Em 2005, a Honda ainda tinha duas equipes satélites fortes (a Gresini de Sete Gibernau e a Pons, do nosso Alex Barros) que estavam frente da HRC na classificação do Mundial, liderado por um avassalador Valentino Rossi (Yamaha)
Agora, por outro lado, a Honda só tem uma equipe satélite, a LCR-Honda, que está tão mal posicionada no campeonato quanto a HRC. Além disso, à frente delas está os principais times rivais da Ducati, Yamaha e Suzuki, o que torna o momento atual particularmente desagradável.
Além disso, o Grande Prêmio dos Estados Unidos realizado há duas semanas viu apenas uma motocicleta Honda cruzar a linha de chegada, o menor número em 37 anos. No GP da França de 1982, a marca desistiu de participar da corrida devido às condições do circuito de Nogaro.
O que esses anos todos têm em comum? Em nenhum deles a Honda chegou ao título mundial no final do ano. Entretanto, os resultados de 2019 evidentemente têm muito a ver com a queda de Márquez no GP dos Estados Unidos, uma etapa que liderava com tranquilidade. O espanhol também já afirmou em diversas entrevistas estar satisfeito com a moto.
Também é fator contribuinte os problemas de adaptação de Jorge Lorenzo, que têm sido mais profundos do que o esperado. Contudo, o espanhol, que soma apenas sete pontos no campeonato relatou um bom feeling com a moto em várias ocasiões, motivo para esperarmos uma Honda muito mais forte no Grande Prêmio da Espanha, em 5 de maio.