A equipe Gresini Racing apresentou hoje (15) a sua equipe para a temporada 2022 de MotoGP. O time independente italiano vai correr com motos Ducati e os pilotos, Enea Bastianini e Fabio Di Giannantonio.
Fausto Gresini já tinha acertado a sua volta à MotoGP como equipe independente quando contraiu Covid-19 em dezembro de 2020. Depois de três meses de luta no hospital, o bicampeão das 125cc veio a óbito em 23 de fevereiro de 2021 deixando um ponto de interrogação na continuidade de sua obra.
Felizmente, a esposa do dirigente, Nadia Padovani Gresini resolveu assumir o comando, com o apoio dos seus filhos Luca e Lorenzo. As Ducati foram pintadas de azul claro, “a cor do céu, do ar, da respiração”, disseram em um momento de forte emoção em um grande palco, com direito a mestre de cerimônias e tudo o mais.
“Finalmente estamos apresentando um projeto em que acreditamos fortemente e no qual trabalhamos sem parar durante o ano passado“, disse Nadia. “Estamos muito motivados e acabamos sendo a primeira equipe de MotoGP a se apresentar; além disso, acredito que nossas motos são lindas – e espero que todos os outros gostem delas também. Eu gostaria de pensar que Fausto está nos olhando de cima e que está orgulhoso de sua família. Quase não há distinção entre famílias naturais e de trabalho e somos uma. Devo dizer que vi tanto Diggia quanto Enea em grande forma e ansiosos para começar: nosso objetivo é estar entre os protagonistas e aparecer no parque fechado às vezes.”
Campeão da Moto2 em 2020, Enea Bastianini foi um dos destaques em sua temporada de estreia na MotoGP no ano passado. Mesmo pilotando uma Ducati desatualizada, o italiano chamou muito mais atenção do que seu companheiro de equipe Luca Marini e até conquistou um improvável pódio no GP de San Marino.
“As novas cores da moto são muito particulares, quando a vi pela primeira vez me parece um pouco estranha, mas agora que a vejo ao vivo posso dizer que é incrível. Daqui a uns vinte dias vamos partir para os testes, felizmente é pouco tempo porque estou muito entusiasmado por estar de volta à minha Ducati“, disse Bastianini. “Já conheci a equipe durante o primeiro teste: tivemos a oportunidade para nos conhecermos melhor e trabalharmos juntos, e posso dizer com certeza que tenho uma super equipe. Acho que vai ser uma temporada muito interessante, tenho certeza que vamos conseguir ótimos resultados. Mal posso esperar para a temporada começar!“
Assim como Bastianini, Fabio Di Giannantonio – o “Diggia” – era um protegido de Fausto Gresini. O piloto de 23 anos competiu três anos na Moto3 (2015 a 2018) conquistando duas vitórias. Na Moto2 desde 2019, o italiano chegou a sua primeira vitória no GP da Espanha do ano passado em Jerez.
“Será a minha primeira temporada no MotoGP e vai ser muito legal! Terei muito que aprender, a minha expectativa é crescer corrida a corrida e quem sabe poderemos colecionar grandes conquistas. Mal posso esperar para pilotar novamente esta bela fera. As férias de inverno são sempre muito longas, estou contando os dias, as horas“, disse um ansioso Diggia. “E a moto é espetacular, talvez a mais linda que já andei, a mais linda que já vi. Com essa cor parece uma moto dos anos 70, na pista seremos reconhecíveis com certeza. Particular, original, Linda! Uma emoção única“.
A Gresini começou a correr no Campeonato Mundial em 1997 tendo Alex Barros como piloto principal. Assim se manteve até 2015, quando Fausto fez uma Joint Venture com a Aprilia, que retornava à MotoGP. Essa associação foi desfeita no final de 2021, com a marca de Noale correndo como 100% de fábrica a partir de agora.