O adiamento do GP dos Estados Unidos anunciado ontem (10) tornou automaticamente a Argentina como a sede da primeira etapa da MotoGP em 2020. Mas o evento em nossos vizinhos também pode estar em risco pela crise do coronavírus.
De acordo com o Diario Clarín, o jornal de maior circulação na Argentina, o governo está analisando a possibilidade de proibir todos os voos da Itália e da Espanha para conter a disseminação do vírus. Tanto é que a Aerolíneas Argentinas já cancelou os voos de Roma, Miami e Orlando.
Até o momento, a Argentina contabiliza 19 casos confirmados de coronavírus e uma morte. Por isso, várias províncias já começaram a suspender shows e eventos para não facilitar a propagação do vírus, enquanto que o governo sugere à população evitar viagens à Europa, Estados Unidos, Irã, Japão, China e Coréia do Sul.
Embora nada tenha sido dito sobre a MotoGP, a situação atual já se reflete em outras modalidades, como o Grande Prêmio da Argentina de MXGP, que aconteceria na Patagônia entre 21 e 22 de março, mas já foi adiado oficialmente pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM).
“Após a decisão do Ministro da Saúde da Argentina de adiar qualquer evento internacional durante esse momento específico, o Infront Moto Racing, de acordo com a FIM e o organizador local, + Eventos SA, e junto com as autoridades argentinas, são forçados a adiar o MXGP da Patagônia na Argentina para o final do ano”, disse a FIM em seu comunicado.
O GP da Argentina de MotoGP está programado para acontecer em 19 de abril e já aparece como “etapa nº2” do calendário 2020. Há mais de um mês até lá, de modo que os organizadores ainda tem tempo para avaliar a situação. Caso não seja possível correr em Termas de Rio Hondo, fala-se na possibilidade de antecipar o GP da Malásia ou até mesmo partir para um novo circuito, que pode ser Portimão, em Portugal.