Retomar as atividades da MotoGP no final de julho está sendo um verdadeiro desafio em muitos aspectos, como o logístico. Embora as restrições estejam menos severas na Europa, o mesmo não acontece em outras partes do mundo, como o Japão. O que pode impossibilitar a presença de engenheiros importantes nas corridas.
No momento, ainda é impossível para os membros residentes no Japão e na Austrália viajar de avião para a Europa. No entanto, Lin Jarvis, chefe da equipe Yamaha está confiante: “Agora temos um calendário oficial, para que possamos começar. Temos uma data, um projeto, um cronograma e agora podemos dar razões claras pelas quais precisamos disso e daquela pessoa nas corridas“, opina.
Mas faltando apenas um mês para o Grande Prêmio da Espanha e da Andaluzia, a participação desse pessoal sediado no Japão ainda está em dúvida. No entanto, na Austrália já é possível que pessoas com importantes compromissos profissionais voem para a Europa, com uma autorização prévia.
“Se conseguirmos a aprovação do governo [japonês], a Yamaha permitirá que seus engenheiros façam corridas na Europa“, acredita Jarvis, antes de avisar: “Se eles não puderem ir, teremos dificuldade em correr as corridas“. E não é um problema apenas para a Yamaha: “Se os japoneses não conseguem chegar lá, Honda e Suzuki também são afetadas“.
A maior preocupação, para a Yamaha e os demais japoneses, é criar uma situação que beneficie apenas as marcas sediadas na Europa, como Ducati, KTM e Aprilia: “Se os engenheiros japoneses não puderem chegar à Europa em julho, o campeonato começaria com o sabor de uma concorrência desleal“, acrescentou o dirigente.