Andrea Dovizioso é o assunto do dia no Grande Prêmio da Áustria de MotoGP, que está acontecendo no circuito Red Bull Ring. O empresário do piloto, Simone Battistella e a cúpula da equipe confirmaram hoje (15) que uma renovação para 2021 não deve acontecer.
As duas partes tiveram reuniões ao longo das últimas horas. A Ducati sempre disse que iria definir seu futuro nas corridas realizadas na Áustria. Para completar, Dovizioso aparentemente não está em contato com outras equipes, o que reforça a possibilidade de um ano sabático em 2021.
“Informamos a Ducati que Andrea não tem intenção de continuar no próximo ano, que agora. Ele quer se concentrar nas próximas corridas, mas não existem condições para continuarmos juntos“, disse Battistella. “Ele não vai deixar a MotoGP, embora não haja negociações em curso com outras equipes. É uma reflexão tirada neste último período. Andrea sente-se muito mais calmo agora que tomou esta decisão“, completou.
Dovizioso chegou à Ducati em 2013 para ocupar o lugar deixado por Valentino Rossi. A parceria rendeu muito mais do que o esperado, com o italiano conquistando 13 de suas 14 vitórias pela marca e três vice-campeonatos, em 2017, 2018 e 2019.
Os principais motivos para a não renovação foram financeiros. Para seguir na Ducati, Dovizioso teria seu salário reduzido dos atuais 6 milhões de euros para 2,5 milhões por ano entre 2021 e 2022. O inesperado aparecimento da pandemia, no entanto, mudou as circunstâncias e a Ducati não parece mais disposta a gastar tanto.
As negociações com Jorge Lorenzo também contam com valores bem mais comedidos que outrora: para voltar à Ducati, o espanhol teria que aceitar 800 mil euros por temporada, ao contrário dos 12 milhões que recebeu quando correu lá entre 2017 e 2018. Caso não aceite, a marca ainda conta com Francesco Bagnaia e Johann Zarco.