Só deu motos italianas no topo da classificação dos testes coletivos de Sepang, que se encerraram hoje (12) na Malásia. Na menos do que sete Ducatis ocuparam as dez primeiras posições, com as Aprilia de Maverick Viñales e Aleix Espargaró sendo as únicas capazes de desafiá-las.
As sessões aconteceram ao longo dos últimos três dias, entre algumas pequenas pancadas de chuva como normalmente acontece na Malásia. Hoje, os tempos caíram bastante, com Luca Marini (VR46) estabelecendo o impressionante tempo de 1min57s889.
Apenas 80 milésimos atrás, o atual campeão do mundo Francesco Bagnaia (Ducati) foi o único, além de Marini a baixar de 1min58s, embora Viñales (Aprilia), sempre veloz em testes, não tenha ficado muito atrás, a 157 milésimos da liderança.
Enea Bastianini, que chegou a estar na frente de Bagnaia durante boa parte dos testes, encerrou os preparativos na terceira posição, a 0s260 do líder. Jorge Martin (Pramac), que foi o mais rápido no segundo dia, acabou em quarto demonstrando a força das Ducati GP22 e GP23.
A fabricante italiana passou a maior parte do tempo testando pacotes aerodinâmicos, em busca de melhorar a aderência em curvas, sempre o seu maior problema. Bagnaia, relatou que o modelo 2023 tem um “ponto fraco” em relação à 2022, mas não disse qual.
Aleix Espargaró ficou em quinto nos tempos combinados, mostrando que a força da Aprilia vista em 2022 ainda está de pé. A marca de Noale também trouxe novidades aerodinâmicas e parece que eles deram um passo a frente com o novo pacote.
Fabio Di Giannantonio (Gresini), Marco Bezzecchi (VR46) e Alex Márquez (Gresini) vieram na sequência, antes de Marc Márquez (Honda) colocar a única moto japonesa entre os dez primeiros. O espanhol testou quatro protótipos diferentes nos testes, mas ainda ficou a 0s777 do líder.
Raul Fernandez colocou a primeira Aprilia da equipe RNF em 11º, à frente de Joan Mir (Honda), que concentrou-se apenas na adaptação à rebelde RC213V e ficou pouco mais de um décimo atrás de seu companheiro de equipe Márquez.
Pol Espargaró (GasGas) foi a primeira KTM, em 13º, milésimos à frente de Brad Binder, com outra RC16. Os austríacos levaram de tudo para a Malásia, desde novas carrocerias, motores e chassis, até o seu piloto de testes de luxo, o tricampeão mundial Dani Pedrosa.
Miguel Oliveira, que também está em um período de adaptação à Aprilia, encerrou o segundo dia na segunda posição, mas foi um dos poucos a não melhorar o seu tempo hoje, com o outro piloto sendo ninguém menos do que o campeão de 2021, Fábio Quartararo (Yamaha).
Apesar da boa sensação e dos aprimoramentos visíveis de potência trazidos para Sepang, a Yamaha ficou para trás no último dia deixando Quartararo em 17º e Franco Morbidelli em 20º nos tempos combinados. Além do motor mais potente, eles testaram também uma nova aerodinâmica na M1.
Ambos os pilotos já estão de acordo sobre qual o motor deverá ser o escolhido para encarar a temporada. De acordo com o diretor técnico Massimo Meregali, a preocupação agora é com o ritmo e o comportamento do chassi, que será explorado no próximo teste, em Portimão.
Testes de Sepang – Tempos combinados
- Luca Marini (Ducati) – 1min57s889
- Pecco Bagnaia (Ducati) a 0s080
- Maverick Viñales (Aprilia) a 0s147
- Enea Bastianini (Ducati) a 0s260
- Jorge Martin (Ducati) a 0s315
- Aleix Espargaró (Aprilia) a 0s418
- Fabio Di Giannantonio (Ducati) a 0s455
- Marco Bezzecchi (Ducati) a 0s474
- Alex Márquez (Ducati) a 0s496
- Marc Márquez (Honda) a 0s777
- Raul Fernandez (Aprilia) a 0s821
- Joan Mir (Honda) a 0s895
- Pol Espargaró (GasGas) a 0s908
- Brad Binder (KTM) a 0s923
- Miguel Oliveira (Aprilia) a 0s950
- Johann Zarco (Ducati) a 0s963
- Fabio Quartararo (Yamaha) a 1s008
- Jack Miller (KTM) a 1s012
- Alex Rins (Honda) a 1s043
- Franco Morbidelli (Yamaha) a 1s097
- Takaaki Nakagami (Honda) a 1s646
- Augusto Fernandez (GasGas) a 1s771
- Cal Crutchlow (Yamaha) a 2s034
- Stefan Bradl (Honda) a 2s546
- Katsuyuki Nakasuga (Yamaha) a 3s350