De saída da Ducati, Andrea Dovizioso não deve assinar contrato com ninguém, nem como piloto de testes, para a próxima temporada. O italiano já teria tomado a decisão de fazer um ano sabático em 2021 visando retornar, talvez, em 2022.
As informações foram conseguidas pelo Speedweek durante o GP da Europa, em Valência. O empresário de Dovizioso, Simone Battistella revelou que a Yamaha deu-lhe um prazo para que tomasse uma decisão até o final de semana. Eles também negociavam com Aprilia, Suzuki, KTM, Honda, mas como piloto de testes.
A intenção de Dovizioso, segundo Battistella, é tirar um ano de folga realizando apenas participações regionais no Campeonato Italiano de Motocross, sua grande paixão. Dessa forma, o piloto de 34 anos ganharia tempo enquanto os atuais contratos dos pilotos titulares expirassem para ter melhores opções em 2022.
Ainda de acordo com os alemães, Battistella chegou a conversar com a Honda, antes de eles assinarem com Pol Espargaró para 2021. O mesmo aconteceu na KTM, mas o CEO da marca, Stefan Prier disse “não” por causa da pedida salarial do piloto, quatro milhões de euros, preferindo fechar com Danilo Petrucci.
Dovizioso compete na Ducati desde 2013, onde entrou no lugar de Valentino Rossi. Na equipe bolonhesa, o piloto conquistou 14 vitórias e três vice-campeonatos para Marc Márquez. Justo nesse ano em que o espanhol não está na pista, “Dovi” não se acertou com a moto nem com sua equipe.
Não será a primeira vez que um piloto de ponta realiza um ano sábado para voltar em seguida. Em 1983, Barry Sheene resolveu fazer uma pausa para se recuperar de suas lesões, antes de pendurar o capacete em definitivo no final de 1984. Em 1991, Randy Mamola, dispensado da Cagiva, tirou um ano de folga antes de regressar em 1992.